MIKHAIL FAVALESSA
Da Redação
Um dos mato-grossenses presos pelos ataques às sedes dos Poderes em Brasília é o produtor rural Paulo Zocal de Matos, morador de Tangará da Serra. Paulo cumpriu pena de dois anos e nove meses de prisão por envolvimento com tráfico de drogas.
O agricultor de 44 anos de idade, membro do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Tangará da Serra, é um dos 1.382 suspeitos identificados por vandalismo e depredação contra as sedes do Congresso Nacional, da Presidência da República e do Supremo Tribunal Federal (STF), em 8 de janeiro.
Além dos suspeitos de atacar as sedes dos Poderes, também foram presas pessoas que estavam no acampamento em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília. O grupo pedia intervenção militar contra a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e queria a volta do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ao poder.
Paulo Zocal foi preso pela primeira vez em abril de 2009. O agricultor estaria com cerca de 4 kg de pasta-base de cocaína dentro de um veículo Saveiro, que era conduzido por ele.
A droga teria sido trazida da Bolívia por dentro do Assentamento Antônio Conselheiro, onde Paulo Zocal tem um sítio no qual mora. O destino final do entorpecente seria Sinop. Na época da prisão em flagrante, os policiais militares afirmaram que o agricultor teria tentado suborná-los.
O produtor rural cumpriu pena, primeiro em regime fechado e depois no semiaberto. Também foi obrigado a pagar uma multa de 600 dias-multa, que foram calculados em R$ 9,9 mil, em 2010.
A pena foi considerada cumprida em 2011, e em 2014 o Cartório da 19ª Zona Eleitoral, em Tangará da Serra, foi notificado de que os direitos políticos de Paulo Zocal estavam suspensos.
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