Após fotos polêmicas, Estado define ações para 'barrar' facções nas escolas

Secretário diz que escolas cívico-militares e mais atrativas têm sido fortalecidas para inibir atuação do crime organizado nas escolas

GIOVANNA BAIOCCO E LETÍCIA PEREIRA
DA REDAÇÃO

Na tarde desta quarta-feira (18), o secretário de Educação, Alan Porto, comentou sobre a preocupação do governo com a influência de facções nas escolas, após um episódio em que alunos fizeram sinais associados a esses grupos durante a inauguração de uma escola. Alan explicou que a Secretaria de Educação (SEDUC) está atuando em conjunto com o Núcleo de Inteligência e Segurança Escolar (NIS) e a Segurança Pública para enfrentar essa questão.

“Estamos investindo na melhoria das nossas escolas, modernizando e reconstruindo ambientes escolares com tecnologia e um currículo que dialoga com os estudantes do século XXI”, afirmou o secretário.

Recentemente, num evento em São Paulo, o próprio governador Mauro Mendes (União) afirmou que numa inauguração de escola, adolescentes que pediram para tirar foto com ele fizeram o sinal de uma facção criminosa.

"Eu fui em um evento inaugurando uma escola na periferia da minha cidade, da Capital, e de repente o ajudante de ordens me alertou 'governador, o senhor percebeu o sinal que a gurizada está fazendo?', eu falei 'não', tirando foto, um monte de aluno, 15, 12 anos, 13 anos, tirando foto, governador para lá, governador para cá, quando eu olhei, eu prestei atenção, tudo fazendo isso aqui ó, vocês sabem o que é isso? É o símbolo de uma das mais fortes facções criminosas desse país, gente isso é muito grave", relatou Mauro.

Porto destacou que, desde 2019, o estado de Mato Grosso subiu de 22º para 8º lugar em educação, um avanço que, segundo ele, se deve à criação de ambientes mais atrativos e ao fortalecimento da valorização dos professores.

O secretário ressaltou que os resultados dessas iniciativas são a médio e longo prazo, mas que a busca ativa escolar e a participação das forças de segurança são essenciais para mudar o cenário atual. O secretário também mencionou a implementação de escolas cívico-militares e de tempo integral como parte das estratégias para tornar as instituições de ensino mais atrativas e voltadas para o esporte, buscando, assim, combater a influência negativa nas escolas.

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