MIKHAIL FAVALESSA
Da Redação
A presidente do Tribunal de Justiça, desembargadora Maria Helena Gargaglione Póvoas, determinou a suspensão do processo em que é discutida possível intervenção na área da Saúde de Cuiabá. O caso deverá ser tratado na esfera administrativa do Judiciário.
A decisão foi publicada em 5 de setembro, mas só veio a público nesta quarta-feira (14). O procurador-geral de Justiça, José Antônio Borges Pereira, fez o pedido de intervenção em 1º setembro alegando descumprimento reiterado de decisões judiciais por parte da Prefeitura de Cuiabá.
A ação foi resultado de uma provocação feita pelo Sindicato dos Médicos de Mato Grosso (Sindmed). A categoria chegou a deflagrar greve, mas o movimento paredista foi suspenso por decisão do desembargador Marcos Machado no dia 4. O Sindmed recuou depois da decisão.
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Emanuel diz que médicos são "campeões da preguiça e do ócio"
No dia seguinte ao pedido de intervenção do Ministério Público Estadual, em 2 de setembro, o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) convocou uma coletiva de imprensa na qual classificou um grupo de cerca de 10 médicos que comandam o Sindmed, liderados pelo presidente Adeildo Lucena, de "campeões da preguiça e do ódio".
Emanuel ainda acusou o procurador-geral de Justiça de atender interesses do governador Mauro Mendes (União) para atacar a primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro (PV), que é candidata ao Governo do Estado.
"Tendo em vista que o presente procedimento possui natureza administrativa, determino que o andamento do feito seja suspenso até a resolução da celeuma na esfera administrativa deste TJMT", escreveu a desembargadora Maria Helena Póvoas ao suspender o processo para que haja decisão posteriormente.
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