ALLAN PEREIRA
Da Redação
O médico Fernando Gabriel Padilla de Borbon Neves, que estava sendo investigado por supostos crimes de lavagem de dinheiro e tráfico internacional de drogas no âmbito da Operação Descobrimento, deve ter o inquérito arquivado pela Justiça Federal.
Isso por que o Ministério Público Federal fez esse requerimento à justiça, após identificar que o médico não tinha nenhuma participação na suposta organização voltada para o tráfico internacional de drogas, que era comandada pelo lobista Rowles Magalhães.
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Segundo nota do advogado Ulisses Rabaneda, que faz a defesa de Fernando, o médico estava sendo investigado por conta de algumas transferências bancárias ao lobista.
"Contudo, a Polícia Federal e o Ministério Público Federal reconheceram que referidas transferências, declaradas no imposto de renda de Fernando Gabriel, decorriam de meros empréstimos que havia feito ao mencionado investigado", destaca.
Rabaneda aponta que, no pedido de arquivamento do MPF e da PF, "foram destacadas a boa-fé de Fernando Gabriel, seu desconhecimento quanto aos fatos e sua colaboração imediata com a apuração".
"Os fatos foram esclarecidos em relação a Fernando Gabriel em exatos 30 dias, restando clara sua conduta correta e a inexistência de qualquer envolvimento com os eventos apurados", destaca o advogado.
De acordo com investigações da Polícia Federal, Rowles seria o principal líder da organização criminosa, que são responsáveis por organizar os supostos voos internacionais para o transporte de cocaína a Portugal.
Rowles e o ex-secretário foram presos de forma preventiva pela Polícia Federal, no momento da deflagração da operação, no dia 18 de abril.
A investigação teve início à partir da apreensão de mais de 500 kg de cocaína no Aeroporto Internacional de Salvador (BA), em fevereiro de 2021. O avião que transportava a droga era ligado a Rowles e teria Portugal como destino.
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