MIKHAIL FAVALESSA
Da Redação
O Ministério Público Estadual (MPE) denunciou o vereador e empresário Magnun Vinicius Rodrigues Alves de Araújo e mais três pessoas envolvidas no roubo de carne de gado da Fazenda Santa Izabel, em Primavera do Leste. A denúncia foi oferecida na quinta-feira (22).
Além de Magnun, o MPE denunciou o corretor de imóveis Uedes Bueno Neres, conhecido como "Tuca", e os repositores de supermercado Joane dos Santos Marques e Marciano Correia Pereira. Todos estão presos preventivamente.
Durante a ação na fazenda, Magnun levou uma coronhada no rosto, dada por um dos funcionários da fazenda, e teve que passar por cirurgia no Hospital Regional de Rondonópolis. O vereador por General Carneiro e dono do Supermercado MR segue internado na unidade de saúde, sob custódia policial.
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O MPE pede que o grupo seja enquadrado no artigo 157, §1º, §2º, inciso II e §2º-A, inciso I, do Código Penal. O texto trata de roubo com uso de violência, com aumento de pena em um terço, e mais dois terço de pena por uso de arma de fogo no crime.
O grupo foi até a fazenda e abateu, com uma arma de fogo, um dos bois da propriedade. Liderados por Magnun, os quatro se prepararam para desmembrar o bovina e levar embora sua carne.
O gerente da fazenda, Fernando Rodrigues Pena, acompanhado de outros funcionários, ouviu um disparo e se dirigiu até o local onde Magnun e os demais estavam com o boi abatido.
Após serem surpreendidos, os acusados tentaram deixar a fazenda em uma Volkswagen Amarok. Fernando entrou na frente do veículo e quase foi atropelado por Magnun, que dirigia a caminhonete. O gerente da fazenda deu tiros de carabina .40 nos pneus e na lataria do veículo, impedindo a fuga do grupo.
"Infere-se dos autos, que os denunciados saltaram do veículo agindo com agressividade, sendo que o denunciado Magnun, em posse da supradita arma de fogo, tentou agredir Fernando, porém, a vítima reagiu e conseguiu pegar a arma do denunciado, e em seguida desferiu uma 'coronhada' no rosto de Magnun. Deste modo, os funcionários da fazenda conseguiram conter e imobilizar os denunciados, até a chegada da equipe de Patrulhamento Rural da Polícia Militar", narra o MPE.
Além da condenação criminal, o MPE pede que os envolvidos sejam condenados à reparação de danos materiais e morais, considerando os prejuízos causados.
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