ARIELLY BARTH
DA REDAÇÃO
Nesta quinta-feira, 5 de dezembro, completa um ano do assassinato do advogado Roberto Zampieri, ocorrido em 2023. Zampieri foi executado em frente ao seu escritório, no bairro Bosque da Saúde, em Cuiabá. Desde então, diversas investigações têm sido conduzidas no Judiciário, com foco em esquemas de venda de sentenças descobertos após sua morte e a partir da apreensão de seu aparelho celular.
As apurações indicaram que o crime foi relacionado a uma disputa de terras envolvendo o advogado, uma fazenda de aproximadamente R$ 100 milhões em Paranatinga. Zampieri atuava contra a família do produtor rural Aníbal Manoel Laurindo, e havia obtido sucesso em uma ação que resultou na reintegração de posse da fazenda.
Aníbal Laurindo, foi acusado como mandante do crime, que teria procurado o coronel da reserva do Exército Brasileiro, Etevaldo Luiz Caçadini de Vargas, que então entrou em contato com os executores, Antônio Gomes da Silva, apontado como executor, Hedilerson Fialho Martins Barbosa, apontado como intermediador.
A motivação do crime é que Zampieri agido junto a magistrados do Tribunal de Justiça de Grosso (TJMT) para ganhar a causa de desapropriação da fazenda do mandante. Por conta da idade avançada, Anibal Laurindo não está preso.
Em julho deste ano, foi realizada a audiência de instrução do caso. Os réus seriam levados para júri popular, porém, em outubro deste ano, o ministro Cristiano Zanim, do Supremo Tribunal Federal (STF), requereu as investigações do assassinato.
EMPRESÁRIA PRESA
Durante as investigações, a empresária Maria Angélica Caixeta Gontijo chegou a ser presa apontada como mandante do crime. Todavia, as investigações não apontaram nenhuma ligação entre ela com os demais envolvidos no plano de financiamento e execução do assassinato - coronel Caçadini, Antônio Gomes e Hedilerson Fialho.
Maria Angélica tinha uma disputa judicial com Zampieri e, dias antes do crime, havia sido condenada a pagar mais de R$ 200 mil ao advogado morto.
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