MIKHAIL FAVALESSA E LÁZARO THOR
Da Redação
O governador Mauro Mendes (União), que disputa a reeleição, entrou com uma ação por danos morais contra a primeira-dama de Cuiabá e candidata a governadora Márcia Pinheiro (PV). Mauro pede R$ 100 mil de indenização por ataques à sua família cometidos por Márcia.
A ação foi proposta nesta sexta-feira (23). A defesa de Mauro descartou a realização de audiência de conciliação.
No documento, assinado pelo advogado Helio Nishiyama, a defesa cita decisões da Justiça Eleitoral contra ataques promovidos pela campanha de Márcia. Em especial, relata a coletiva de imprensa e a propaganda no horário eleitoral divulgadas em 20 de setembro.
Leia mais:
Procuradoria pede rejeição da candidatura de Neri no TSE
MP denuncia vereador e mais três por roubo de carne de gado
Mauro relata sua trajetória de vida e também a de sua família e destaca que está sujeito a críticas como homem público, mas "a sua irresignação se adstringe àqueles que intentam campanhas difamatórias irrogando fatos sabidamente inverídicos, sem qualquer elemento probatório ou sequer indício de cometimento de ilícito".
Na coletiva e na propaganda, Márcia mostra a evolução patrimonial em especial do filho mais velho de Mauro, Luis Antônio. Ela e o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) colocaram seus sigilos fiscais à disposição da Justiça e desafiaram a família do governador a fazer o mesmo.
Para a defesa de Mauro, a candidata tenta "conspurcar a imagem do requerente e seus familiares, em especial as atividades empresariais do filho Luis Antonio Taveira Mendes". E registra houve decisões contrárias à divulgação do material.
"À ocasião do lançamento da candidatura da requerida, a esposa do requerente se via combalida em razão da descoberta de uma doença grave e da necessidade de intervenções cirúrgicas, externando simultaneamente grande desconforto por ter sido vítima de uma organização criminosa com viés político dedicada à fabricação e pulverização de fake news (notícias falsas), memes e outros conteúdos digitais falaciosos e ofensivos, sujeitos devidamente indiciados nos processos 1018855-66.2021.8.11.0042 e 1004952-27.2022.8.11.0042 que apuram crimes de Injúria Majorada, Calúnia Majorada, Difamação Majorada, Perseguição e Associação Criminosa", lembra na ação.
Para Mauro, Márcia "demonstrou um comportamento absurdamente desumano ao confrontar a esposa do requerente tecendo comentários desairosos sobre a enfermidade, fato este divulgado amplamente na mídia, situação que causou profunda revolta no seio familiar deste vindicante".
"Ato seguinte, constatando que foi lançada à fogueira e vislumbrando uma possível atitude suicida no campo político, a requerida iniciou a campanha divulgando uma pesquisa eleitoral sem os requisitos básicos dispostos na legislação de regência, de modo a inculcar no eleitor um fantasioso percentual de intenção de voto", registra.
É lembrada a Operação Capistrum da qual Márcia e Emanuel, além de outros integrantes do grupo político, foram alvos.
"O requerente e qualquer cidadão probo, por óbvio, não podem deixar de criticar que uma pessoa proibida de ingressar na Prefeitura de Cuiabá e Secretaria de Saúde, por decisão do Tribunal de Justiça de Mato Grosso no âmbito de processo-crime que apura crimes gravíssimos, queria se tornar a Chefe do Poder Executivo Estadual", afirma.
De acordo com a defesa do governador, "durante a malsinada coletiva de imprensa, em que se verifica a incisiva participação do coordenador de campanha da requerida, inclusive chegando a intervir de modo a lhe tomar o microfone para acrescer o tom das ofensas, fica nítida a intenção de atribuir ao requerido um conjecturado esquema de corrupção com seu filho para enriquecimento da família".
"A mensagem veiculada pela requerida transbordou inequivocamente os limites da garantia constitucional da livre manifestação do pensamento, descampando para a propalação de afirmações caluniosas e difamatórias em desfavor da honra deste candidato
adversário, com único intuito de incutir na população mato-grossense a falsa ideia de que o requerido e seu filho formariam um imaginário esquema de corrupção para enriquecimento da família", opina.
Quer receber notícias no seu celular? Participe do nosso grupo do WhatsApp clicando aqui .
Tem alguma denúncia para ser feita? Salve o número e entre em contato com o canal de denúncias do Midiajur pelo WhatsApp: (65) 993414107. A reportagem garante o sigilo da fonte.