DA REDAÇÃO
A empresa Tauro Motors Veículos Importados LTDA, com sede em Cuiabá, teve o plano de recuperação judicial aprovado pela juíza Anglizey Solivan de Oliveira. A decisão foi proferida na quinta-feira (22), mas foi divulgada nesta quarta-feira (28).
A Tauro Motors é concessionária da marca japonesa Mitsubishi e entrou com pedido de recuperação judicial em 13 de julho de 2017, alegando dívidas que somam R$ 12 milhões.
A aprovação do pedido permite que a empresa cumpra o pagamento aos credores trabalhistas, com garantia real, quirografários, microempresas e empresas de pequeno porte, conforme cronograma apresentado no plano.
O plano de recuperação e propostas modificadas foram aprovados em uma Assembleia Geral dos Credores (AGC), no dia 8 e agosto deste ano, onde foi acordado a dispensa, por ora, da apresentação da certidão negativa de débitos fiscais - o que não impede a realização de execuções fiscais.
O cumprimento do plano terá início a partir do dia 25 de dezembro, conforme estabelecido na assembleia.
Conforme a decisão judicial, a aprovação do plano também prevê que seja dada baixa em protestos e a retirada do nome da empresa dos cadastros de inadimplentes, por débitos sujeitos ao plano homologado, com a ressalva de que tal providência será adotada sob a condição resolutiva de que a devedora cumpra todas as obrigações previstas no plano.
Crise financeira
A Tauro Motors está em operação em Cuiabá desde 1994. No processo, a concessionária de veículos alega que começou a enfrentar dificuldades em 2009, quando o proprietário Paulo Boscolo adquiriu um imóvel em leilão judicial com o objetivo de ampliar e modernizar a estrutura empresarial e, para isso, realizou empréstimos juntos a bancos em operações elevadas.
A situação também se agravou, segundo a empresa, em 2013, depois de adquirir o espólio de concessão da também japonesa Suzuki.
A empresa afirma que, após a transação, percebeu que a transação era inviável por causa do aumento da alíquota de importação imposto pela ex-presidente Dilma Rousseff (PT), o que elevou o custo operacional.
A Tauro Motors afirma ainda, que após a reeleição de Dilma Rousseff, as vendas caíram 25% durante os anos de 2015 e 2016.
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