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JUSTIÇA Terça-feira, 03 de Setembro de 2024, 17:55 - A | A

03 de Setembro de 2024, 17h:55 - A | A

JUSTIÇA / OPERAÇÃO CAPOREGIME

Justiça condena família de agiotas em Mato Grosso; veja penas

Grupo emprestava dinheiro a juros abusivos e depois extorquia as vítimas

GILSON NASSER
DA REDAÇÃO



O juiz João Filho de Almeida Portela, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, condenou uma quadrilha de agiotas que atuava na região Norte de Mato Grosso. Os condenados foram alvos da operação Caporegime, deflagrada em fevereiro de 2019 pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado).

Foram condenados: João Claudinei Favato, Kaio Cezar Lopes Favato, Luis Lima de Sousa, Edson Joaquim Luiz da Silva, Luan Correia da Silva e Purcino Barroso Braga Neto, além de José Paulino Favato.

João Claudinei Favato foi condenado a 18 anos de prisão, enquanto seu filho, Kaio Cesar Favato, foi sentenciado a 10 anos, ambos no regime fechado, mesma sentença aplicada a Luis Lima de Souza, Purcino Barroso Braga Neto e Edson Joaquim Luiz da Silva.

José Paulino Favato cumprirá 7 anos de prisão, no semiaberto, enquanto Luan Correia da Silva foi sentenciado a 12 anos, no regime fechado.

A publicação aponta que eles responderam pelos crimes de formação de organização criminosa e ainda pelo artigo 158 do Código penal, que diz: "Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, e com o intuito de obter para si ou para outrem indevida vantagem econômica".

Leia mais:

Justiça autoriza recuperação de grupo formado por terceirizada e padaria em MT

O ESQUEMA

Quando a operação foi deflagrada, o Gaeco informou que os investigados eram suspeitos da prática de diversos crimes, entre eles, tentativa de homicídio e extorsões. Os líderes da organização eram João Claudinei Favato e o seu filho, Kaio Cesar Lopes Favato, e também o seu irmão José Paulino Favato. Os demais são suspeitos de integrarem a “célula” de cobrança.

A organização de agiotas atuou por mais de 10 anos e o Gaeco identificou, ao menos, sete vítimas. O caso chegou ao conhecimento do grupo em agosto de 2016. Durante as investigações, foi constatado que as vítimas pegavam dinheiro emprestado e pagavam juros de 4 a 5% ao mês.

Na maioria das vezes, as vítimas acabavam não conseguindo honrar os compromissos e eram obrigadas a transferir bens com valores bem superiores ao da dívida contraída.

O Gaeco investiga ainda suspeitas de lavagem de capitais, entre outros crimes. Durante a operação, foram apreendidos cheques, contratos, dinheiro em espécie, armas, barras de ouro e flagrante por porte ilegal de armas.

Caporegime (ou capodecina, também abreviado para capo) é um cargo de importância elevada na hierarquia de uma família da máfia italiana. O capo é o subchefe, esta abaixo apenas do Don (o padrinho) e do Consigliere (o conselheiro). Na operação deflagrada hoje, João Claudinei Favato seria o “Don”.

 
 

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