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JUSTIÇA Sexta-feira, 19 de Junho de 2015, 14:39 - A | A

19 de Junho de 2015, 14h:39 - A | A

JUSTIÇA / SUPOSTO DESVIO NA AL

Juíza marca interrogatório de ex-conselheiro do TCE

Humberto Bosaipo é acusado de peculato e lavagem de dinheiro

LUCAS RODRIGUES
DA REDAÇÃO



A juíza Selma Rosane Santos Arruda, da Vara Contra o Crime Organizado da Capital, marcou para o dia 26 de agosto, a partir das 13h30, o interrogatório do ex-deputado estadual e ex-conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT), Humberto Bosaipo.

Ele é acusado pelo Ministério Público Estadual (MPE) por peculato e lavagem de dinheiro, em suposto esquema de fraudes que teria desviado mais de R$ 4,1 milhões da Assembleia Legislativa, entre 1999 e 2002.

Além do interrogatório, na mesma data foi marcado o depoimento do suplente de deputado José Hermínio Barreto (PR), que também era parlamentar na época das supostas fraudes.

“Considerando que é notório que a referida testemunha não é mais localizável na Assembleia Legislativa de Mato Grosso, intime-se a defesa para que informe, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, o endereço atualizado da testemunha”, determinou a juíza.

Humberto Bosaipo renunciou ao cargo de conselheiro do TCE em dezembro do ano passado. Ele já estava afastado da função desde 2011, por determinação judicial.

Denúncias do Ministério Público

Nas ações penais, o MPE afirma que Humberto Bosaipo e o ex-deputado José Riva criaram empresas fantasmas para desviar dinheiro da Assembleia.

Uma delas, batizada de Ed Maluco Reparos e Serviços Ltda., foi registrada no nome de Lucas Marques Gomes, que havia morrido dois meses antes de a firma ter sido criada.

Segundo o MPE, a empresa fantasma foi contratada para prestar serviços à Assembleia Legislativa, sendo que os valores dos cheques emitidos em favor da Ed Maluco – um total de r$ 1,9 milhão - eram sacados por servidores da própria Assembleia, supostamente envolvidos no esquema.

O mesmo ocorria com outra empresa supostamente de fachada, a M.T Nazareth ME, que teria recebido mais de R$ 2,2 milhões do órgão.

Na denúncia, o MPE denunciou que o dinheiro desviado serviria, em parte, para ser repassado à Confiança Factoring, como pagamento de empréstimos de despesas pessoais e de campanha.

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