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JUSTIÇA Terça-feira, 22 de Abril de 2014, 17:14 - A | A

22 de Abril de 2014, 17h:14 - A | A

JUSTIÇA / TRAGÉDIA NO PANTANAL

Juiz define audiência sobre morte de menores

Adolescentes caíram do telhado do estabelecimento em junho de 2011

LISLAINE DOS ANJOS
DO MIDIANEWS



A Justiça programou para a próxima sexta-feira (25) a segunda e última audiência de instrução do processo movido contra o Pantanal Shopping Center pelas famílias dos menores K. S. O, de 12 anos, e M. S. S., de 13 anos, que morreram após caírem do telhado estabelecimento, em 21 de junho de 2011.

O processo tramita na 6ª Vara Cível da Capital, sob a responsabilidade do juiz Aristeu Vilela. O valor da indenização pleiteada pelas famílias é de R$ 3 milhões.

Ao todo, 13 testemunhas já foram ouvidas na primeira audiência. Outras 10 pessoas serão interrogadas na próxima oitiva, entre elas dois menores que também subiram no telhado do shopping e funcionários do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e do Help Vida, que participaram dos primeiros atendimentos às vítimas.

O advogado Marcelon Angelos de Macedo, que representa as famílias das vítimas, afirmou ao MidiaNews que acredita na condenação do shopping.

“As declarações dos próprios funcionários do shopping apontam para a nossa tese, de que houve omissão de socorro. A preocupação deles era em tirar as crianças do local sem chamar a atenção”, disse.

Macedo afirmou que a falta de segurança no local foi a grande causa do acidente, uma vez que os próprios adolescentes ouvidos no inquérito policial e no processo judicial afirmam que já teriam subido por diversas vezes no telhado do estabelecimento, para apreciarem a vista do local.

“Um dos menores falou que eles iam lá para tirar fotos da cidade, filmar a vista, porque de lá eles conseguiam ver até a Chapada [dos Guimarães]. Eles não foram para entrar no cinema de graça, como alegaram. Não existe isso. Quem ia querer entrar no cinema se arriscando a uma queda de 12 metros?”, questionou.

Segundo o advogado, o socorro para o garoto M., que acabou falecendo posteriormente no Pronto-Socorro de Cuiabá, foi prestado apenas uma hora depois de sua queda. Já a jovem K.S.O. faleceu no local.

“É vergonhoso, mas foi isso que ocorreu. O menino caiu, eles moveram o corpo dele para outro local, para tirar de exposição”, disse.

Segundo o advogado, uma das médicas do Help Vida, ouvida na primeira audiência, disse que a demora no atendimento prejudicou a situação do garoto.

“Ela disse que não tem como precisar se ele teria sobrevivido, caso o socorro fosse imediato. Mas afirmou que mover o corpo do local e a demora no atendimento poderiam, sim, agravar a situação”, afirmou.

O advogado alegou, ainda, que nenhuma assistência foi prestada pela administração do shopping às famílias das vítimas, após o ocorrido.

“Eles apenas pagaram o enterro dos dois por causa da pressão da mídia. Se não fosse isso, eles teriam se esquivado da responsabilidade de arcar com os custos dos velórios”, afirmou.

O acidente

Consta nos autos que um grupo formado por cinco adolescentes subiu no telhado do shopping no dia 21 de junho de 2011, sem que nenhum segurança do local os impedisse.

Além das vítimas fatais, ainda estavam no local C.M.C., que sofreu fraturas menores, G.O e L.R.S.

Apenas esse último não caiu do telhado, sendo o responsável por pedir ajuda para os demais colegas após a queda.

No inquérito policial, os jovens afirmaram que subiram ao telhado por uma escada localizada próximo ao banheiro da praça de alimentação, onde tiveram acesso ao telhado da sala 1 de cinema, que acabou cedendo, resultando na queda das vítimas.

Os sobreviventes chegaram a admitir, inclusive, que já teria subido ao local por diversas vezes com os colegas da escola, sem que ninguém soubesse ou os houvesse advertido de que o local era perigoso e que o acesso não era permitido.

Eles ainda alegaram que “não burlaram nenhum tipo de segurança para transporem a porta de segurança eis que não havia ninguém vigiando-a quando eles passaram”.

O caso gerou bastante polêmica na ocasião, mas o resultado do inquérito foi de que “não restou evidenciada negligência ou imprudência quanto ao acidente que culminou com a morte e lesões corporais às vítimas”.

O inquérito aponta, porém, que não pode ser eximida a responsabilidade do shopping em decorrência do “mau atendimento prestado às vítimas logo após o sinistro, como ficou cabalmente demonstrado através de depoimentos colhidos nos autos”.

Outro lado

O advogado de defesa do Pantanal Shopping, Ussiel Tavares, afirmou ao MidiaNews que não irá se posicionar sob o processo no momento e que aguarda a decisão da Justiça.

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