ANGELA JORDÃO
DA REDAÇÃO
A Justiça homologou o Acordo de Não Persecução Penal (ANPP) do empresário Valdir Daroit e de sua esposa Leila Clementina Sinigaglia Daroit, alvos da Operação Ventríloquo, que investigou o desvio de R$ 9,4 milhões da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) no período dentre 2013 e 2014. Pelo acordo, Valdir terá que pagar R$ 42 mil e Leila R$ 20 mil como ressarcimento aos danos causados.
A homologação foi feita pela juíza Alethea Assunção Santos da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, com decisão publicada no dia 11 de abril. Também são réus, pelo envolvimento no mesmo esquema, os ex-deputados estaduais Gilmar Fabris, Romoaldo Junior (falecido) e Mauro, além de ex-assessores dos parlamentares. Valdir Daroit é ex-cunhado de Romoaldo Junior.
De acordo com o Ministério Público do Estado de Mato Grosso (MPMT), no período entre 2013 e 2014, Romoaldo Junior e Mauro Savi, em parceria com o ex-deputado José Geraldo Riva e os outros acusados, "constituíram organização criminosa com objetivo de saquear os cofres públicos, notadamente os recursos públicos da Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso apropriando-se ilicitamente de seus recursos em proveito próprio", diz a ação penal.
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Consta que o grupo subtraiu dos cofres da ALMT cerca de R$ 9.480.547,69, valendo-se da facilidade que proporcionava a condição de servidores públicos e agentes políticos de alg uns de seus membros.
Na época da denúncia, em novembro de 2016, o MPMT requereu a condenação dos denunciados ao pagamento de indenização pelos prejuízos materiais sofridos pelo Erário Público, que importam no valor de R$9.480.547,69; além da condenação pelos danos morais coletivos sofridos pelo Estado de Mato Grosso e seus concidadãos, "os quais foram indelevelmente atingidos em sua dignidade pelos atos criminosos perpetrados pelos denunciados, fixando-a no valor de R$10 milhões, cujo valor deverá ser investido em prol das áreas de saúde e educação", apontou o Ministério Público.
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