MIKHAIL FAVALESSA
Da Redação
Uma audiência de conciliação realizada na quarta-feira (3) terminou sem acordo entre membros da família Maggi e Carina Maggi, filha do patriarca - já falecido - André Maggi tida fora do casamento. Carina alega ter sido prejudicada na partilha do patrimônio bilionário do fundador do Grupo Amaggi.
A filha alega que o patrimônio declarado na herança foi de R$ 29,9 milhões e "poucos meses após o término do inventário duas empresas foram abertas com capital social aproximado em 5 BILHÕES, além do mesmo advogado do inventário ter sido nomeado diretor de uma dessas empresas".
A audiência foi realizada pela 11ª Vara Cível de Cuiabá, onde tramita a ação em que Carina Maggi pede a anulação de uma doação, feita por André Maggi poucos dias antes de sua morte e que tirou da partilha a maior parte do patrimônio do produtor de soja. A herdeira afirma ter sido enganada pelos demais familiares.
A disputa judicial é travada contra a viúva Lúcia Borges Maggi, o ex-presidente do conselho administrativo do grupo, Pedro Jacyr Bongiolo, e as empresas do grupo: Agropecuária Maggi Ltda, Amaggi Exportação e Importação Ltda, André Maggi Participações S/A, BBM Administração e Participações Ltda, HFCL Administração e Participações Ltda, MP Administração e Participações Ltda, e a VIP Administração e Participações Ltda. O ex-governador, ex-senador e ex-ministro Blairo Borges Maggi, filho de André e Lúcia, é administrador de parte dessas empresas.
Leia mais:
Supermercado em Várzea Grande "lavou" R$ 17 milhões para o Comando Vermelho em dois anos
Além da ação para anular a doação supostamente fraudulenta, Carina Maggi tenta em uma ação separada produzir provas de maneira antecipada com relação ao patrimônio dos Maggi.
Nessa segunda ação, Carina acionou Blairo, Lucia e as quatro irmãs do ex-ministro: Maria de Fátima Maggi Ribeiro, Rosangela Maggi Schmidt, Marli Maggi Pissollo e Vera Lúcia Maggi Locks.
Carina busca levantar todo o patrimônio da família e, para isso, sua defesa pede acesso às declarações de Imposto de Renda e movimentação patrimonial de todos os familiares entre 1995 e 2006, a quebra do sigilo fiscal e bancário das empresas do grupo, informações sobre envio de recursos ao exterior feitos por André Maggi e demais herdeiros, entree outras investigações.
Em fevereiro de 2023, a juíza Vandymara G. R. Paiva Zanolo, da 4ª Vara Cível de Cuiabá, sentenciou a ação de produção de provas e rejeitou os pedidos de Carina por entender que o objetivo seria rediscutir o que foi julgado na ação de partilha de bens, encerrada em novembro de 2015.
"Desta feita, considerando que o objeto da presente demanda é a produção de provas visando à anulação do referido negócio jurídico, consubstanciado no mencionado acordo extrajudicial de cessão e transferência de direitos hereditários, impõe-se o reconhecimento da existência de coisa julgada, bem como da ausência de interesse processual, por inutilidade do provimento jurisdicional almejado, devendo a presente ação ser extinta sem resolução do mérito, nos termos do artigo 485, V e VI, do CPC/2015", diz a sentença.
A defesa de Carina Maggi recorre dessa decisão com uma apelação cível junto ao Tribunal de Justiça, ainda em andamento.
Quer receber notícias no seu celular? Participe do nosso grupo do WhatsApp clicando aqui .
Tem alguma denúncia para ser feita? Salve o número e entre em contato com o canal de denúncias do Midiajur pelo WhatsApp: (65) 993414107. A reportagem garante o sigilo da fonte.
Jairo de morais pessoa 09/04/2024
Há expressões agressivas, ofensas e/ou denúncias sem provas. Queira, por gentileza, refazer o seu comentário
Rodinei de Souza Araújo 09/04/2024
Até os governantes usa muita leis inconstitucionais fora do padrão da constitucionais mais falo é a ganância . Eu sou contra a pesca zero porque tira a sustentabilidade da família que estão desempregado se não tem capitalismo para comprar uma carne vai ao rio pescar alguns peixes para se alimentar mais o meu modo de pensar e repensar os políticos quer q aumenta o bandidismo aí vão para rua roubar e a carteirinha amador tem que ser gratuita para pesca . Os nossos políticos brasileiros não importam com a crase baixas .
2 comentários