MIKHAIL FAVALESSA
Da Redação
Mais de R$ 600 mil em cheques e em espécie estavam com o bando integrado pelo vereador Magnun Vinícius de Rodrigues Alves de Araújo (PSB), preso na madrugada de domingo durante um roubo de carne de gado. Nesta segunda-feira (12), a juíza Luciana Braga Simão Tomazetti, no plantão em Primavera do Leste, decretou a conversão do flagrante em prisão preventiva dos quatro envolvidos.
A informação sobre o material apreendido consta na decisão da magistrada. Tomazetti afirmou que a prisão dos suspeitos é necessária para garantia da ordem pública.
Magnun está internado em estado grave no Hospital Regional de Rondonópolis. O vereador de General Carneiro recebeu uma coronhada no rosto dada por um dos funcionários da Fazenda Santa Izabel, em Primavera, onde a ação ocorreu. Os funcionários renderam o grupo antes da chegada da polícia.
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Segundo as investigações, Magnun, Uedes Bueno Neres, Joane dos Santos Marques e Marciano Correia Pereira haviam abatido um boi e estavam retirando a carne do animal para roubá-la.
O gerente da fazenda ouviu um tiro e foi ao local para conferir o que acontencia quando viu o grupo com o gado abatido.
Os quatro homens tentaram fugir na caminhonete que havia os levado até lá. Um dos funcionários utilizou uma carabina para atirar contra as rodas e o motor do veículo, obrigando-o a parar. O gerente e os demais funcionários da fazenda renderam o grupo liderado por Magnun.
"No tocante ao requisito do “periculum libertatis”, verifico a necessidade de garantir a ordem pública. Isto porque o modus operandi dos réus foi extremamente grave, demonstrando a alta periculosidade deles, já que praticaram os crimes durante o período noturno e, ao que tudo indicia, de forma premeditada, eis que se encontravam em propriedade particular, durante a noite e em local ermo", pontuou a juíza.
Luciana Tomazetti registrou que, além de uma arma de fogo, o grupo tinha também arma branca. A polícia apreendeu ao menos duas facas e um arco de serra com o bando.
"Ademais, verifica-se que foi apreendida uma grande quantidade em dinheiro, sendo R$ 4.667,00 (quatro mil e seiscentos e sessenta e sete reais) em espécie e quarenta e três folhas de cheques preenchidos em nome de diversas pessoas, com valor aproximado em mais de seiscentos mil reais, o que sem adentrar no mérito da ação, demonstra no mínimo grande estranheza já que estariam os 04 custodiados com grande quantidade de dinheiro em propriedade particular, em local ermo, no tarde da noite", afirmou a juíza.
Na decisão, Tomazetti ainda lembra que não é a primeira vez que a fazenda é vítima de furto. E ainda relatou a ficha corrida de Magnun e Uedes, que respondem a outros processos criminais.
A defesa de Magnun havia pedido para que ele fosse encaminhado para a prisão domiciliar. A juíza argumento que ainda não há informação sobre o estado de saúde dele e, por isso, não concederia o benefício neste momento.
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