LETICIA AVALOS
Da Redação
Nataly Hellen Martins Pereira, a assassina confessa da adolescente Emelly Azevedo Sena, teria pagado a corrida do Uber para que a gestante fosse até a residência onde o crime aconteceu. Moradora de Várzea Grande, a vítima se deslocou até Cuiabá, na quarta-feira (12), para buscar doações prometidas pela suspeita.
“Ela falou pra mim: ‘mãe, tem uma mulher do Instagram que é bombeira civil, o marido dela é chef de cozinha, ela tem dois filhos meninos, está grávida de uma menina, ganhou muita roupa e quer doar. Aí eu marquei com ela para eu ir lá buscar’, inclusive, ela falou que ia pagar o Uber para Emelly ir e que ia trazer ela para casa com as coisas”, relatou a mãe da vítima, Ana Paula Peixoto de Azevedo.
Segundo ela, dias antes do assassinato, Emelly teria combinado com uma cunhada que avisaria quando fosse na casa da desconhecida buscar as roupinhas de bebê, mas quando chegou o dia, a adolescente acabou não avisando nenhum familiar.
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“Quando eu cheguei do trabalho liguei duas vezes pelo Whatsapp e a ligação foi recusada, depois ela só mandou uma mensagem: ‘mãe, não posso atender porque estou no Uber’. Eu já fiquei com o meu coração apertado e agora eu acredito que, naquele momento, Emelly já estava em poder deles”, afirmou a mãe.
Ana Paula não acredita na inocência do marido de Nataly, o chef de cozinha Christian Cebalho, e julga que o crime foi planejado e premeditado por ambos com o objetivo de roubar o bebê. “Eu acredito que ele não é inocente [...] eles só se interessaram em atrair Emelly para lá porque eles queriam a minha neta”, desabafou.
Christian chegou a ser detido pela polícia como suspeito na quinta-feira (13), mas foi liberado no mesmo dia após comprovar que estava trabalhando no momento do assassinato, que aconteceu no dia anterior.
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Sobre o caso
Na manhã de quarta-feira, depois de chegar na casa da irmã de Nataly, Emelly foi asfixiada, teve a barriga cortada por faca e o seu bebê retirado, antes de ser enterrada em cova rasa no quintal da residência.
Durante a tarde, a suspeita simulou um parto natural e deu entrada no Hospital Santa Helena com o bebê nos braços. Desconfiados da situação, profissionais da unidade constataram que o útero de Nataly não possuía abertura suficiente e chamaram a polícia, o que deu início às investigações.
O corpo da vítima foi localizado na quinta-feira. Além de Nataly e de Christian, outras duas pessoas também foram detidas como suspeitas, mas depois liberadas por apresentarem álibi.
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