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GERAL Sexta-feira, 17 de Janeiro de 2025, 09:05 - A | A

17 de Janeiro de 2025, 09h:05 - A | A

GERAL / SOB RISCO

A cada sete infartos, uma pessoa morre no Brasil

DA REDAÇÃO



 

O Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) ou ataque cardíaco, como é mais conhecido, é a doença que mais mata no Brasil. Segundo o Ministério da Saúde, de cada 5 a 7 casos no país, uma pessoa vem a óbito em consequência do infarto. A média é de 300 mil a 400 mil ataques ao ano.

O infarto provoca a morte de células do músculo do coração devido à formação de coágulos que interrompem o fluxo sanguíneo de forma súbita e intensa. Ele pode ocorrer em diversas partes do coração. Em casos raros, pode acontecer por contração da artéria, quando é suprimido o fluxo sanguíneo ou pelo desprendimento de um coágulo originado no próprio coração e que se aloja no interior dos vasos.

Conforme a base de informações do Datasus, do Ministério da Saúde, nos últimos 14 anos, o total de internações por infarto entre os brasileiros cresceu 158%, entre os homens e 157%, entre as mulheres.

A média mensal mais que dobrou em pouco mais de uma década, passando de 5.282 (2008) casos em pacientes do sexo masculino, para 13.645 (2022). Já em relação ao sexo feminino, em 2008, foram registrados 1.930 infartos e em 2022, o número subiu para 4.973.

Estimativas sugerem um crescimento de até 250% desses eventos até 2040.

De acordo com o médico cardiologista e intensivista do Hospital São Mateus de Cuiabá, Sandro Franco, o problema cardíaco é muito sério e o atendimento rápido é essencial para salvar a vida do paciente.

“Os sintomas mais comuns do infarto agudo do miocárdio são dor intensa ou desconforto na região peitoral, podendo irradiar para as costas, rosto, braço esquerdo, falta de ar ou respiração ofegante e vertigem ou desmaio. Percebeu esses sinais ou está próximo de uma pessoa que relate esses sintomas, procure ajuda médica imediatamente. Os primeiros minutos são muito preciosos, a agilidade no atendimento pode salvar a vida do infartado”, reitera o especialista.
Sintomas

Além dos sintomas mais habituais, o infarto também pode provocar sensação de peso ou aperto sobre o tórax, suor frio, palidez, dormência ou formigamento no braço esquerdo, dor estomacal, tosse seca, mal-estar, enjoo, fadiga, sonolência, tontura, palpitações, dificuldade para dormir e sensação de ansiedade.

Nas mulheres, os sinais podem ser mais sutis como queimação, pontadas no peito e falta de ar sem dor. Nos jovens, apesar dos sintomas serem similares aos dos adultos, há maior risco de infarto fulminante, o que na maioria das vezes é fatal.

Em geral, a faixa etária mais afetada é de 60 a 69 anos, entretanto, tem aumentado o volume de infartos entre os mais jovens. Entre 1990 e 2019, houve um acréscimo de 62% do número de mortes em mulheres de 15 a 49 anos, conforme a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC).

Franco alerta ainda que diabéticos e hipertensos têm de duas a quatro vezes mais chances de sofrer um infarto.

Fatores de risco

As causas mais preponderantes para o infarto esbarram no estilo de vida - o tabagismo, sedentarismo, obesidade, má alimentação, diabetes, hipertensão arterial, colesterol alto e estresse em excesso - são os maiores vilões da saúde cardíaca.

Estudos do Observatório de Saúde Cardiovascular do Instituto Nacional de Cardiologia (INC), revelam que o inverno eleva a chance de infarto em até 33%. A cada queda de 5°C na temperatura, o risco de morte por doenças cardíacas aumenta cerca de 5%.

Tratamento

Como o infarto é uma emergência requer cuidados médicos imediatos. Normalmente, o tratamento é cirúrgico ou medicamentoso, com prescrição de anticoagulantes, entre outros fármacos.

Prevenção

Dentre as recomendações do cardiologista para se prevenir do infarto e demais doenças cardiovasculares está a mudança do estilo de vida, com a prática regular de exercícios físicos, adotar uma dieta equilibrada e evitar o consumo de álcool e cigarro.

“Outra medida de extrema importância para se precaver de todos os tipos de doenças relacionadas ao coração é realizar check-ups periódicos com um especialista”, conclui o médico.

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