ANGELA JORDÃO
DA REDAÇÃO
O juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, aceitou a denúncia contra três, dos quatro envolvidos no chamado "golpe da carta contemplada". Os quatro denunciados foram presos presos em julho de 2024, em Goiânia (GO), após causarem prejuízos no valor de R$ 200 mil a pessoas de baixa renda. Os golpistas prometiam acelerar a contemplação de uma carta de crédito para financiamento da casa própria, em Goiânia.
Ao aceitar a denúncia contra Ayla Tamires Soares Cruz, Claudomiro Uliano Jr e Lucas Gabriel Uliano, o juiz destaca que existe uma ampla gama de provas contra eles. "Aceito a denúncia oferecida em face da parte denunciada, por satisfazer os requisitos legais, vez que amparada em indícios de autoria e materialidade. A despeito de se tratar de prova indiciaria e unilateral, anoto que as provas mencionadas na denúncia são elementos suficientes para o desencadeamento da ação penal".
O juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra também aceitou o acordo de não persecução penal feito pelo Ministério Público com Renato Arruda Xavier da Cruz e agendou audiência para 20/05/2025, ato que está previsto no Código de Processo Penal, visando buscar evitar vício no procedimento.
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"Golpe da Carta Contemplada"
Os envolvidos foram presos em julho de 2024 e Cuiabá e Camburiú (SC), suspeitos de usarem a empresa Larconnex Representações Financeiras, com sede no Setor Oeste, bairro nobre de Goiânia, e outros CNPJs, para induzir consumidores a erro na contratação de contratos de consórcio. Cerca de dez pessoas foram vítimas do golpe, que prometia acelerar a contemplação de uma carta de crédito para financiamento da casa própria. O prejuízo chegaria a R$ 200 mil, tendo como foco pessoas de baixa renda.
A pessoa era atraída por um anúncio de um imóvel específico. Chegando na empresa, era iludida a assinar um contrato de consórcio. Sem saber como funcionava o consórcio, elas achavam que obteriam o valor da carta de crédito para comprar o imóvel em um prazo mínimo, como uma semana ou um mês.
O golpe era aplicado desde 2019. As investigações tiveram início em abril, depois que uma reportagem foi divulgada falando sobre os golpes aplicados em uma sala comercial no Setor Oeste de Goiania. A Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Consumidor (Decon) de Goiás ouviu dez vítimas e identificou que o grupo tinha recém se instalado em Goiânia, mas aplicava golpes no estado do Mato Grosso pelo menos desde o ano de 2019.
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