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Entrevista Domingo, 05 de Janeiro de 2014, 11:02 - A | A

05 de Janeiro de 2014, 11h:02 - A | A

Entrevista / DE OLHO EM 2015

Moreno diz que oposição mudou e não irá mais atacar

Advogado avalia gestão de Aude como "sem marca"

LAICE SOUZA
DA REDAÇÃO



O advogado José Moreno, um dos nomes cotados para disputar à presidência da Ordem dos Advogados do Brasil em Mato Grosso (OAB-MT) em 2015, afirmou que a oposição mudou e amadureceu com os erros da eleição passada.

De acordo com ele, o momento atual não cabe mais ataques contra a gestão de Maurício Aude, presidente da OAB, mas uma mudança de postura.

“Queremos contribuir com propostas. Temos que levar em consideração a contribuição que cada um que assumiu a gestão tem. Seria muito fácil eu vir aqui e começar a atirar pedras e dizer que eles não estão fazendo absolutamente nada. Até porque isso não é verdade e não é justo. Se você for analisar algumas coisas foram feitas e sempre há o que melhorar”, destacou.

Questionado sobre qual a avaliação que ele faz com relação à administração do grupo de Maurício Aude, ele é contido e apenas diz que “a gestão ainda não tem nenhuma marca”.

Moreno acrescentou ainda que “vê Maurício como uma pessoa totalmente esforçada e acho que a assessoria de imprensa dele está bastante ágil mostrando algumas ações, que estão sendo feitas, mas eu diria que há muito que se fazer. E se houver um pouco mais de esforço eu acredito que ele possa fazer uma boa gestão”.

O ex-candidato não esconde suas pretensões políticas, quando o assunto é uma nova disputa pela presidência da Ordem. Entretanto, disse que caso ele concorra ao comando da entidade, não irá mais aceitar pressões políticas por cargos.

“O advogado tem que saber qual o contexto dele na advocacia. Tem muito advogado que é coadjuvante querendo ser ator principal. Isso tem que ser levado em consideração”, ressaltou.

Na entrevista da semana Moreno comenta ainda sobre os erros da eleição passada, os desafios para a próxima campanha e a momento favorável em que vive a atual gestão da Ordem.

Confira os melhores trechos da entrevista.

MidiaJur – Como o senhor avalia a atual gestão da Ordem em 2013?

José Moreno –
O Maurício Aude está com 33% da gestão concluída. A grande sorte dele é estar muito alinhado com o Conselho Federal. Isso porque nós estamos tendo uma das maiores administrações em âmbito federal que é o Marcus Vinícius. Ele é um rapaz jovem com idéias visionárias. Ele tem chamado a atenção para os maiores problemas da Ordem e te agido como um motor propulsor e não está reboque. Ao analisar a atual gestão de Mato Grosso, um dos maiores movimentos criado por ela sempre foram impulsionados pelo Conselho Federal que é a defesa dos honorários advocatícios e das prerrogativas. Então eu acho que isso tem sido a grande sorte da gestão do Aude. Aliado a isso, também tem o atual presidente do Tribunal de Justiça que está extremamente emprenhado em melhorar o andamento dos processos. Então o que temos é um momento muito favorável para que no final de dois anos ela tenha um resultado positivo. Mas, hoje eu não consigo vislumbrar isso. Eu diria que não há nenhuma marca.

MidiaJur – O senhor pode explicar melhor quando fala que não existe nenhuma marca até o momento da atual gestão?

José Moreno –
O Ussiel Tavares por exemplo foi um grande estadista e um dos maiores construtores de sedes. Foi ele quem construiu a nossa sede. Depois tivemos Faiad, que aproximou as subseção das seccionais. Ele abriu a porta da Ordem para os advogados porque foi ele quem teve essa grande sacada das comissões. Já na gestão do Claúdio eu também não consigo vislumbrar uma marca e acho que isso tem acontecido também nessa gestão. Vejo o Maurício como uma pessoa totalmente esforçada e acho que a assessoria de imprensa dele está bastante ágil mostrando algumas ações que estão sendo feitas, mas eu diria que há muito o que se fazer. Se houver um pouco mais de esforço eu acredito que ele possa fazer uma boa gestão.

MidiaJur – Agora Moreno já se passaram um ano das eleições a cabeça está mais fria e é possível analisar a situação, com os erros e acertos. O senhor já fez esse exercício?

José Moreno –
Sim. O que foi o maior problema nosso, o interior do Estado. E digo ainda que continua sendo o nosso maior calcanhar de Aquiles. Porque diferentemente do que acontece no cenário político, por exemplo do Senado e Câmara Federal perante a presidente da República, não ocorre na OAB. Lá você tem a oposição e a situação, ambos apresentando propostas e tendo as divergências. Na nossa classe não, você tem o presidente e todos os presidente de subseções passam a fazer parte da massa da situação. Então é comum ocorrer uma dependência muito grande da situação financeira, o que acaba aproximando ainda mais e tem também o aspecto político. Eu diria que você conseguir na maioria das subseções ter chapa única concorrendo isso e perfeito. Porque eles conseguem administrarão só a eleição da subseção como também da seccional. Mas, em contrapartida a falta de oposição pode trazer problemas para o crescimento da classe.

Veja como a oposição é positiva, se formos observar o jornal da OAB que circulou no final do ano passado tem lá matérias sobre a premiação de advogados, corridas para o advogado e publicação no jornal das despesas da ordem, tudo isso tinha na nossa proposta de gestão, além de uma série de outras coisas. Eu tenho certeza absoluta que elas só vieram a tona por causa do grito da oposição. Por isso que eu acho que as subseções poderiam ter um ganho maio se naquelas localidades tivessem oposição.

MidiaJur – Com tudo isso que o senhor disse, então é possível afirmar que muita coisa que a atual gestão está fazendo é fruto da proposta que a oposição apresentou?

José Moreno –
Indiscutivelmente. E tem muita coisa para ser melhorada ainda. Novamente eu falo que o Maurício tem feito um esforço para melhorar, mas eu afirmo que o que está faltando é, diferentemente do que o Conselho Federal tem feito, que a nossa seccional tem agido na contraação. Ou seja, em contrapartida com alguma coisa que aconteceu. Acho que temos que ser mais propositivos, isso em todos os segmentos. Mas, eles têm tempo para melhorar.

MidiaJur – E o que a oposição vai fazer durante esse período, principalmente nesse ano de 2014?

José Moreno –
Vamos ter que discutir muito com o interior e conversar durante esse ano de 2014, porque sem uma base sólida, ficará muito difícil ter êxito, seja qual candidato que estiver na disputa.

MidiaJur – Moreno o senhor hoje se coloca como um pré-candidato ou como um candidato ao pleito de 2015?

José Moreno –
Eu continuo tendo essa vontade no meu coração de trabalhar pela classe, mas eu não irei impor o meu nome, porque estou em um grupo. Irei trabalhar bastante para que isso aconteça, mas não vou impor nada. Ser presidente da OAB não é um projeto de vida, mas uma vontade de contribuir com a classe. Sobre a eleição de 2015, vejo que teremos no mínimo 4 candidatos. E acho que será melhor que se for assim. E com o tempo a gente vai amadurecendo e digo hoje que com mais candidatos a classe vai sair ganhando.

MidiaJur – Mas, o senhor não concorda que com mais candidatos da oposição isso acaba polarizando os votos? Até porque os votos da situação, que tem uma base fixa, dos advogados que compõem as comissões e estão ligados a gestão não irão mudar.

José Moreno –
Eu entendo que não. Vamos pegar o exemplo do Felipe Guerra. A gente está partindo do princípio que o advogado quer a melhoria da sua condição profissional. Quando a gente vê a atual gestão com uma máquina inchada com o número de comissões, percebemos que essa engrenagem fica muito pesada e pode rachar. Além disso, há a falta de uma marca da gestão do Aude. Isso acaba sendo favorável. Voltando a questão do Felipe. O que ele falou ao MidiaJur foi que ele não tem motivos para apoiar o grupo de oposição, mas como eu disse, ele hoje faz parte do grande bloco da situação e quando ele foi candidato ele não fazia parte desse grupo, ela oposição. A situação o abraçou e não o retaliou porque ele era da oposição, até porque isso é natural. A situação tinha perdido espaço em Sinop e é natural essa aproximação e ter uma atenção maior. Mas o que ele falou foi que irá apoiar quem tiver o melhor planejamento para a advocacia. Ele não disse que não iria apoiar a Moreno ou Aude. E como é uma pessoa sensata tenho certeza que no futuro vai ficar com o nosso plano de gestão que será o melhor para o momento.

MidiaJur – Agora Moreno, avaliando o grupo que o apoiou em 2012 teria alguma pessoa que para esse projeto de 2015 não irá acompanhar vocês?

José Moreno –
O que posso dizer que agora nós sabemos muito bem com quem podemos contar, quem agrega, quem repele. Então a gente tem uma experiência muito maior e agora temos condições de fazer uma chapa com uma representatividade tão boa quanto ou até melhor. Infelizmente o que aconteceu foi um amontoados de grupo em torno da minha candidatura, isso por culpa nossa que nós demoramos para definir uma linha de atuação e hoje já sabemos como definir isso. Aquele movimento também na existe é outro momento. Hoje não aceitaríamos pressões por cargos. Se não quisesse da forma como está, então está fora.

MidiaJur – Então quer dizer que aconteceu essa pressões no seu grupo?

José Moreno –
Infelizmente isso aconteceu, mas não irá mais acontecer. O advogado tem que saber qual o contexto dele na advocacia. Porque tem muito advogado que é coadjuvante querendo ser ato principal. Isso tem que ser levado em consideração. Acho que o mais importante é pavimentar uma candidatura e sobretudo mostrar membros que possam ter peso para demonstrar que podemos fazer diferente e melhor.

MidiaJur – O senhor poderia citar algum nome?

José Moreno –
Não, prefiro não. Só digo que a experiência mudou muita coisa.

MidiaJur – O que já é possível perceber é uma mudança de comportamento da oposição. Pelo seu discurso o grupo deixou de atacar é isso. Vocês vão sair da posição de ataque e ir para a posição de contribuição é isso?

José Moreno –
Queremos contribuir com propostas. Temos que levar em consideração a contribuição que cada um que assumiu a gestão tem. Seria muito fácil eu vir aqui e começar a atirar pedras e dizer que eles não estão fazendo absolutamente nada. Até porque isso não é verdade e não é justo. Se você for analisar algumas coisas foram feitas e sempre há o que melhorar.

MidiaJur – Do que está sendo feito hoje o senhor faria melhor?

José Moreno –
Eu faria sim, muito mais e melhor. Veja por exemplo quando o presidente do Tribunal de Justiça diz que precisa de recursos ou que seja repassado os R$ 50 milhões devidos, a OAB poderia ir junto cobrar isso. Porque não vamos atrás do dinheiro que falta para a Defensoria. Nós podemos ir atrás disso, contribuir para com as outras instituições. Isso falta na OAB. Tem também o processo eletrônico, precisamos avançar nisso. É uma situação irreversível. Essas são situações que nós iríamos avançar mais. E falo mais ainda que as proposta que nós colocamos em nosso plano de gestão são todas cabíveis para o momento atual.

MidiaJur – Como o grupo ao qual você pertence está alinhando os trabalhos para 2015?

José Moreno –
Nós já fizemos várias ações em 2013 e vamos avançar em 2014. No ano passado nós criamos o site MT Jurídico, um canal que aproxima ainda mais o advogado com o movimento. Embora a gente não tenha dado uma efetiva atualização, mas, já foi um passo significativo. Tem também o “Advocacia em Movimento”, com advogados atuantes na frente dos projetos. Nós pretendemos com essas duas frentes compilar dados para levarmos para a atual gestão para contribuirmos com a melhoria da categoria. Por fim, o que queremos é mostrar o que podemos fazer de melhor, de diferente, sem ataques.

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