LETICIA AVALOS
Da Redação
O psicólogo Douglas Luiz Rocha de Amorim, de 37 anos, afirma ter sido gravemente agredido por um desconhecido na madrugada de segunda-feira (13), na boate Nuun Garden, em Cuiabá. Segundo a vítima, que estava acompanhada do marido, a motivação do crime foi homofóbica.
Nesta terça-feira (14), Douglas falou sobre o acontecido nas suas redes sociais e acusou a administração da boate de descaso. O desabafo tem viralizado na Internet com inúmeros pedidos de justiça.
No boletim de ocorrência registrado na Polícia Civil, a vítima relatou que estava com o marido em um camarote e eram constantemente encarados pelo suspeito. Em determinado momento foi ao banheiro e, enquanto usava o mictório, o agressor também entrou no local provocando com dizeres como: “o que está olhando?”. Impaciente com a situação, Douglas xingou o homem, acusando-o de ser homofóbico, e logo saiu do banheiro.
Ao final do evento, a vítima foi novamente ao banheiro, mas dessa vez acompanhada do marido. No entanto, o companheiro utilizou o box com privada ao invés do mictório e manteve a porta semiaberta. Nesse momento, Douglas contou que sentiu uma mão tocar as suas costas e outra a parte de trás da sua cabeça e, em seguida, desmaiou.
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O marido da vítima afirmou que ouviu alguém dizer a frase: “vou ensinar esse veado a respeitar homem” e, quando saiu, encontrou Douglas desmaiado e sangrando.
Ele foi socorrido por um bombeiro da boate, mas foi levado à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Verdão pelo companheiro e amigos. Após recuperar a consciência, a vítima recebeu pontos no rosto e descobriu uma lesão no tornozelo, causada pela queda.
Enquanto aguardavam o atendimento, o casal recebeu um áudio de um amigo que também estava na boate relatando que ouviu o suspeito acusar a vítima de assédio sexual.
Conforme o relato de Douglas, durante todo o evento o suspeito interagiu com os seguranças do local, dando a entender que se tratava de um cliente conhecido. E após a agressão, o esposo da vítima declarou que os mesmos seguranças não se mobilizaram para socorrê-la ou impediram a saída do suspeito.
A reportagem tentou contato com a Nuun Garden, mas até o momento da publicação desta matéria não obteve retorno.
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