ALLAN PEREIRA E MIKHAIL FAVALESSA
Da Redação
Em Mato Grosso, até quatro pré-candidatos aos cargos de deputado federal e senador podem formar uma bancada no Congresso em prol dos chamados CACs (colecionadores de armas, atiradores e caçadores), segundo reportagem publicado pelo Estadão de São Paulo nesta terça-feira (26).
São eles, de acordo com o jornal, a jornalista Amália Barros (PL), o produtor rural Antônio Galvan (PTB), o deputado estadual Gilberto Cattani (PL) e o vereador tenente-coronel Marcos Paccola (Republicanos).
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Galvan é pré-candidato ao Senado, enquanto Amália, Cattani e Paccola são pré-candidatos a deputado federal.
Amália e Galvan aparecem na lista de pré-candidatos apoiados pelos atiradores CACs. Já Cattani e Paccola aparecem na lista como ligados à Associação Proarmas, a mais representativa da classe no país e que defende a flexibilização da legislação quanto ao armamento civil.
De acordo com o Estadão, a associação planeja criar um partido político e por enquanto se organiza nos Estados e no Congresso para eleger representantes.
"É a primeira vez que esse agrupamento, que supera todas as polícias militares em quantidade de membros e em arsenal, se organiza nos estados e com o Palácio do Planalto para eleger representantes", destaca reportagem.
A reportagem do jornal paulista aponta que a atuação política do grupo já ocorre há meses com o presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus filhos, que incentiva e apoiam o movimento, para buscar a flexibilização.
Se eleitos, eles querem botar em pauta o armamento civil.
Conforme outra reportagem publicada pelo Estadão, em março deste ano, o filho do presidente, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (União Brasil) articulou um movimento com parlamentares de algumas Assembleias Legislativas do país para incluir os CACs como atividade de risco e dar por porte de arma irrestrito a eles, ou seja, poder andar armado pela cidade.
Apesar de Mato Grosso não aparecer na lista, a Assembleia Legislativa aprovou um projeto semelhante no final de junho deste ano.
O Estadão aponta que, no país, até 34 pré-candidatos a deputado federal, senador e governador fazem parte ou são apoiados por CACs.
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