MIKHAIL FAVALESSA
Da Redação
Ao todo, 14 sindicatos rurais e entidades ligadas ao agronegócio divulgaram notas de repúdio contra a aliança do deputado federal Neri Geller (PP) e do senador Carlos Fávaro (PSD) com a pré-candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Neri é pré-candidato ao Senado e pretende se alinhar à federação formada por PT, PCdoB e PV.
Para os agricultores, "não existe agro de esquerda". Eles lembram que Lula e o PT têm historicamente o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) como aliado, e classificam o movimento social como "organização criminosa".
As críticas foram puxadas pelo Sindicato Rural de Sinop, em uma nota assinada por seu presidente, o produtor Ilson José Redivo.
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Até o momento, já emitiram nota de repúdio os sindicatos de Sinop, Primavera do Leste, Campo Novo do Parecis, Diamantino, Matupá, Poconé, Sorriso, Nova Mutum, Ipiranga do Norte, Nova Ubiratã, Vera, Tangará da Serra, Brasnorte e as cooperativas Cooperativa Agropecuária de Primavera (Coap) e Cooperativa Agropecuária Terra Viva (Coavil).
"Não existe Agro da esquerda, Mato Grosso não aceita traíra. Estamos juntos com a direita e com nosso presidente Jair Messias Bolsonaro em defesa do agro e em defesa do direito à propriedade adquirida", afirmou o vereador Norberto Júnuior, de Brasnorte, ligado ao setor.
Neri e Fávaro seguem uma tendência de nomes do agronegócio como o ex-governador Blairo Maggi (PP) e familiares dele, que passaram a defender de maneira aberta o apoio a Lula neste ano.
"Os políticos citados se posicionaram contra todos os valores que nós produtores de verdade defendemos. Tal postura demonstra que ambos não representam os produtores rurais, apenas interesses escusos e inconfessáveis em favor de grupos que visam se beneficiar com o apadrinhamento, e não se preocupam com o bem comum e desenvolvimento de nosso estado e país", diz uma das notas de repúdio, que cita a "defesa de deus, pátria e família".
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