ALLAN PEREIRA
Da Redação
O governador Mauro Mendes e o senador Jayme Campos (UB) negaram que tenham jogado o senador Carlos Fávaro (PSD) e o deputado federal Neri Geller (PP) para escanteio do grupo polític. Os dois também negaram que a base esteja se esfaçelando com a saída das siglas para compor um arco de aliança com a Federação Brasil da Esperança (PT, PCdoB e PV), que será liderada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
"Me desculpe o senador Fávaro, mas não é correto ele afirmar isso. Eles podem tomar o caminho que julgam melhor, ok!, não tem problema nenhum. Isso é um direito que tem cada cidadão e cada partido político. Porém, isso [jogar Fávaro para escanteio] não é verdade", diz Mauro durante a confirmação da sua pré-candidatura na sede do União Brasil, na noite desta segunda (18).
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Na última semana, em entrevista para o jornal do Meio-dia da TV Vila Real, Fávaro havia afirmado que construiu a aliança com Lula e a federação depois que ele e Neri foram jogados "para escanteio" por conta da composição do governador de apoio de Fagundes e do presidente Jair Bolsonaro (PL).
"Em determinado momento, as coisas políticas mudaram e ele [Mauro] escanteou a gente, colocou a gente para fora do seu grupo político e caminhou para outro rumo. Eu respeito. Faz parte da democracia", disse o senador na ocasião.
Com a mesma versão, Mauro e Jayme negaram que tenham jogado Neri e Fávaro de escanteio e relataram que foi colocado pelos partidos da base a proposta de palanque aberto na mesa, inclusive pelo próprio deputado federal.
"Eu conversei com Neri poucos dias antes dessa reunião e ele também colocou essa proposta na mesa. Depois, eles resolveram construir outro caminho. Não tem problema nenhum, se isso for a decisão final dele. Porém, dizer que esse grupo enxotou alguém, isso não é verdade", reitera.
Depois de Mauro ser questionado por diversas vezes sobre o racha na base do seu grupo, Jayme Campos tomou o microfone ao fim da coletiva e voltou a reafirmar as palavras do governador de que ninguém foi "chutado do grupo".
"Ninguém foi chutado, gente. Foi tratado de forma porque eu mesmo defendi uma tese de que o palanque poderia ser composto por três senadores - Wellington, Neri e Natasha. Tivemos uma reunião quinta-feira [com Neri] lá em Várzea Grande. Eu indaguei a ele - e eu não minto, você me conhece, a minha língua é maior do que a boca e eu só falo a verdade - que amanhã vai ter uma reunião do União Brasil e o senhor topa levar essa proposta de que poderá ser três candidatos [no palanque]", conta Jayme.
O senador conta que, apesar de Neri não ter participado da reunião, o grupo acolheu a proposta. "Passa outro dia, Neri Geller já está fazendo outras tratativas com outros partidos. Então, não fomos nós que escorraçamos. É aquela velha história: não tem acomodação, vai pro parigato - vai espremendo, espremendo e alguém vai ter que espirrar".
Jayme aponta que "ninguém queria perder" Neri e Fávaro.
"Eu estou na esperança que eles voltem para cá. Se vir, será bem-vindo. Mas esse esclarecimento é para que não paira no ar que o Mauro com o Wellington e Jayme, expulsou ou empurrou. Não é verdade. Todas as facilidades possíveis que nós queremos fazer, nós fizemos para manter o grupo unido. Aqui não está esfacelado; aqui está mais forte do que você pensa; aqui é de rocha. Vamos ganhar a eleição. Se quiser, Mauro e Pivetta e o nosso candidato, o meu candidato, é o Wellington Fagundes", concluiu.
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