DA REDAÇÃO
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Os vereadores aproveitaram as "sessões extras", antes do Natal, para fazer a "farra dos auxílios"
Os vereadores cuiabanos aproveitaram a sessão noturna do último dia 22 para aprovarem, de uma só vez, o pagamento de auxílios que, somados, superam o montante de R$ 8 mil /mês.
Ah, sim: os tais auxílios são para os próprios vereadores.
Na relação há Auxílio Transporte, de R$ 5 mil; Auxílio Saúde, de R$ 1,6 mil; Auxílio Alimentação, de R$ 1,4 mil.
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O curoso é que cada um dos 25 vereadores com assento no Palácio Paschoal Moreira Cabral tem um carro de representação (com direito a motorista pago pelo contribuinte) e 500 litros de combustível/mês.
Apesar do caráter indenizatório, os R$ 8 mil serão incorporados ao subsidio dos nobre edis, uma vez que eles não precisam prestar contas dos gastos, pagos de forma integral e sem qualquer desconto de Previdência ou Imposto de Renda.
Tem mais: na mesma sessão, na calada da noite, os vereadores aprovaram também, para si próprios, o pagamento do terço férias, que dará o direito a cada parlamentar de receber, anualmente, R$ 6,3 mil em seu subsidio.
Ao que consta, não há, na legislação, a previsão de férias para parlamentares municipais.
Em 2020, em meio à pandemia da Covid-19, os vereadores cuiabanos aprovaram um aumento real de 26%, passando os próprios salários de R$ 15 mil para R$ 18,9 mil.
Foram beneficiados, ainda, com o RGA (Reajuste Geral Anual), que, por sua vez, resultou no aumento automático da verba indenizatória (que deveria abranger os auxílios aprovados) de R$ 9 mil para R$ 11.340,00, correspondente a 60% dos proventos do parlamentar, passando a valer a partir de janeiro de 2022.
Resumo da ópera: com as regalias aprovadas pelo Parlamento, cada vereador custará, anualmente, aos cofres públicos, mais de R$ 500 mil.
No total, o contribuinte cuiabano vai gastar R$ 12,6 milhões por ano, para sustentar os vereadores.
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