ALLAN PEREIRA
Da Redação
O vereador Marcrean Santos (MDB) negou que tenha invadido a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do antigo Pronto Socorro e agido para "carteirar" o médico intensivista Marcus Vinícius Ramos de Oliveira, no dia 9 de junho, para buscar informações de uma paciente internada na unidade.
A fala do parlamentar ocorreu depois que Marcos foi à Câmara Municipal de Cuiabá, na manhã desta terça-feira (25), para falar sobre o episódio. Na tribuna e para a imprensa, ele negou estar dormindo em plantão e reafirmou que Marcrean o "carteirou" para buscar as informações, além de ameaçá-lo e intimidá-lo durante o trabalho.
Marcrean voltou a contar que, quando foi à UTI, estava acompanhado de cinco familiares e dois assessores. Ao entrar no hospital, ele disse que pediu para eles aguardarem do lado de fora, enquanto ele entrava na ala de cuidados intensivos. "Não tinha ninguém lá para me falar que eu podia ou não. Era a primeira vez que entro numa UTI.
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O vereador também mudou a sua versão e, dessa vez, não afirmou que viu Marcos dormindo. "Ele estava no repouso de porta fechada no horário de trabalho", disse. Na tribuna, o profissional disse que usava o banheiro naquele momento.
Para a imprensa, o parlamentar disse que acionou seus advogados para buscar a informação se ele tinha direito de estar na sala de repouso nesse horário.
Na entrevista anterior para a imprensa, o vereador acusou de encontrar o médico dormindo na sala de repouso do hospital. "Quando eu o acordei, ele ficou bravo", contou na ocasião.
Sobre ter usado o nome falso, Marcrean disse que respondeu com ironia, já que havia se identificado para o médico na sala de repouso.
"Ele foi irônico. Não sei o que deu na cabeça dele. Aí, ele pegou a caneta, um papel e falou que iria registrar um BO [boletim de ocorrência] contra mim e queria meu nome completo. Falei para colocar Zé Maria, Chico das Covas, Zé Mané, coloca o que o senhor quer colocar. Quando eu entrei aqui, você perguntou o meu nome e eu falei", disse.
O parlamentar também criticou a tentativa dos demais parlamentares de patrocinar um processo de cassação contra si na Câmara.
"No período da pandemia, os vereadores da base e da oposição fizeram vídeo expondo, entrando e fazendo o que quis [numa UTI]. E nunca teve uma situação de um pedido de abertura de processo nessa casa. Quer dizer que a oposição pode fiscalizar, e o líder do prefeito não pode. Alguém acha que, por eu ser líder de Emanuel, eu vou ser omisso e deixar de falar a verdade? Estou pronto para falar o que aconteceu trinta vezes [...]. Vamos deixar de demagogia. Eu quero que puxe a verdade porque meus advogados já requisitaram tudo - cópia de prontuário e de frequência do médico", pontuou.
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