LETICIA AVALOS
DA REDAÇÃO
Desde a última semana, quando foi divulgado que o filho de Gilmar Machado da Costa, líder do Comando Vermelho morto num confronto com policiais militares, trabalhou em seu gabinete, o vereador Pastor Jeferson Siqueira (PSD) não compareceu às sessões ordinárias da Câmara de Cuiabá. Opositor ferrenho ao prefeito Abílio Brunini (PL), Jeferson compareceu na sessão quando ela já estava em andamento.
O filho do faccionado atuou por nove meses no gabinete do Pastor no ano de 2024. Ele recebia pouco mais de R$ 2,2 mil por mês.
O vereador Tenente Coronel Dias (Cidadania) avaliou que a postura do parlamentar do PSD pode ser uma estratégia para esconder escândalos em sua atuação. "Aí se vê a tamanha força e energia que ele luta para que a gestão Abílio dê errado. Ele quer colocar um pano de fundo para esconder outras questões", colocou.
Para Dias, o opositor do prefeito tem a obrigação de estar nas sessões para defender o interesse da população, além de se explicar sobre a denúncia. "Tem que vir aqui e participar normalmente, fazer o papel do vereador. Ele recebe para isso. Onde está o vereador? Também não sei", prosseguiu.
Dias citou que o caso alerta para o debate da segurança pública nos espaços públicos. Ele lembrou que as facções criminosas têm ocupado espaços que são de uso da sociedade, como áreas de lazer e entretenimento.
Por isso, alertou a prefeitura para que os órgãos de segurança pública participem das ações de lazer nas escolas realizados aos fins de semana. O programa foi iniciado na atual gestão municipal.
"Não se trata só de brigas entre vereadores. Se trata de questões que nós precisamos atentar, que é a nossa segurança. E as facções não podem se apropriar dos lazeres, como campos, quadras e não se pode abrir as escolas aos sábados, domingos e feriados sem a presença da segurança pública", assinalou.
OUTRO LADO
Jeferson Siqueira negou ter faltado às sessões da última semana. Segundo ele, na última quinta só não exerceu o direito de usar a tribuna porque as inscrições já haviam se encerrado. "As 10 inscrições permitidas estavam preenchidas, por isso eu não falei. Mas tem o registro da Câmara da minha votação. Ontem, estava aqui no Colégio de Líderes", frisou o parlamentar, que alega "estar trabalhando por Cuiabá".
O FACCIONADO
Gilmar Machado da Costa, conhecido como Gilmarzinho, se apresentava como presidente do bairro Nova Conquista, mas também era apontado como um dos líderes do Comando Vermelho na região. Na última legislatura, ele recebeu duas moções de aplausos da Câmara de Cuiabá, todas de autoria de Jeferson Siqueira.
Recentemente, ele morreu numa operação que apurou a extosão por membros da facção criminosa a comerciantes da região. Segundo policiais, o faccionado reagiu à ordem de prisão.
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Márcia lima 01/04/2025
E agora a câmara deveria levar esse vereador ao conselho de ética casar mandato dele porque e impossível não estar envolvidos com facções
1 comentários