ALLAN PEREIRA
Da Redação
Após mais de um mês que foi aprovado na Assembleia Legislativa, o projeto que proíbe a construção de usinas hidrelétricas em toda a extensão do rio Cuiabá não tinha sido enviado para sanção ou veto do governador Mauro Mendes (União Brasil).
O presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Eduardo Botelho (União Brasil), já estava contando para promulgar ele próprio o projeto.
Por lei, o Governo tem 15 dias para sancionar ou vetar o projeto. Caso contrário, é enviado para a Assembleia para promulgá-la.
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Contudo, ficou surpreso quando, em sessão plenária desta quarta (08), o deputado estadual Lúdio Cabral (PT) o informou que o projeto não havia sequer saído do Legislativo desde que foi aprovado.
"Realmente fiquei surpreso por que eu estava até contando prazo do Governo, estava até achando que vinha para mim promulgar, por que já tinha passado o prazo. Infelizmente, houve um erro nesse ínterim da minha saída e ficou que ninguém assinou e ninguém cobrou de ninguém. Eu achei que tinha ido, outro achou que tinha mandado e realmente não tinha. Foi uma surpresa, uma falha nossa, temos que corrigir isso. Precisamos criar uma rotina para não acontecer mais. Na minha contagem, inclusive dei uma entrevista cedo dizendo que já tinha acabado o prazo, ela teria que vir para mim promulgar", disse à imprensa.
Botelho saiu de licença por cerca de duas semanas, logo após a aprovação do projeto, no início de maio.
Quem ficou no seu lugar como interina foi a deputada estadual Janaina Riva (MDB) e Botelho evitou criticá-la.
"Não diria que foi [erro] dela. São várias pessoas. Um achou que fez, outro achou que fez e assim por diante", diz.
Questionado do porquê, entre todas as votações do dia, o projeto do PCH foi o único a não ser enviado, Botelho evitou desconversou e falou que o projeto foi enviado para o Governo ainda hoje.
"Lógico que já deveria ter ido, mas não vai mudar nada. Não teve nenhuma usina aprovada e vai dar tempo de nós aprovarmos e proibir a construção de usinas, como nós realmente queremos", concluiu.
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