MIKHAIL FAVALESSA
Da Redação
O Banco Pine aceitou o acordo de quitação da dívida da Concessionária Rota do Oeste para que a MT Participações S/A (MT Par) assuma a concessão da BR-163 no Estado. Agora, a aprovação da Caixa Econômica Federal é o último empecilho para o negócio.
As informações são do governador Mauro Mendes (União Brasil), dadas na quarta-feira (1º) em entrevista durante um evento no Cine Teatro Cuiabá com gestores da cultura. A MT Par é uma empresa de economia mista na qual o Estado de Mato Grosso é o acionista majoritário.
Em 2 de fevereiro, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) deu prazo de 60 dias para que o governo conclua o negócio com a Rota do Oeste.
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A MT Par vai assumir o controle da concessionária no lugar a Odebrecht Transport, que deixa dívidas de R$ 950 milhões. Apenas a dívida do Banco Pine é de R$ 81,9 milhões, segundo relatório da Rota do Oeste disponibilizado no final de 2022 aos acionistas.
O relatório mostra que a Rota do Oeste tem um empréstimo de R$ 316,2 milhões a ser quitado com a Caixa, e que a dívida vinha sendo paga mensalmente.
"Nós perdemos praticamente três meses por conta de um banco chamado Banco Pine... dezembro, janeiro e fevereiro. No final de fevereiro nós conseguimos resolver o tal do Banco Pine, era o último banco. E aí subiu para aprovação dos bancos, todos os bancos já aprovaram, inclusive o Pine, Banco do Brasil, todos os demais bancos, agora nós estamos aguardando a Caixa Econômica Federal fazer a aprovação", afirmou Mauro Mendes.
A Caixa pediu 60 dias de prazo para concluir a análise, o que excederia o prazo da ANTT para conclusão do negócio.
"Após aprovação o governo vai assumir a concessionária, porque até hoje nós não assumimos. Tem que terminar todo esse processo de aprovação. Então, nós estamos aguardando a Caixa Econômica aprovar, eles pediram 60 dias, nós estamos fazendo interações junto com eles para antecipar esse prazo, semana que vem devo ter uma agenda em Brasília sobre isso, e aí aprovando, dias depois vai ter o 'close' da operação, ou seja, o final da operação, o governo assume a companhia, faz os aportes, os devidos tratativas finais, como é previsto nos acordos, nos contratos e na legislação, e aí nós passamos a comandar a companhia", continuou o governador.
De acordo com Mauro, se acabar o prazo dado pela ANTT e a agência não puder dar mais tempo, "paciência".
"O governo está fazendo tudo que é possível, mas neste momento o empecilho está sendo a Caixa Econômica", concluiu.
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