ALLAN PEREIRA
Da Redação
O governador Mauro Mendes (União Brasil) citou o cumprimento de desocupação da área chamada "Brasil 21", na região do Contorno Leste, em Cuiabá, como um sucesso de política de "tolerância zero a invasões de terras". A retirada dos posseiros teve início na última segunda-feira (11) em cumprimento a decisão judicial de rentegração de posse, e a empresa dona da área começou a demolir as casas.
Em entrevista para o programa Morning Show, da Jovem Pan News, Mauro afirmou que não é com "algazarra" e "sob ameaça" que as pessoas vão conquistar terras no país.
"Temos adotado realmente uma política de tolerância zero com invasões. Essa semana, por exemplo, cumprimos um mandado judicial de fazer a desintrusão de uma área grande aqui na Capital, que tinha sido invadida. Nós fomos lá e executamos porque é ordem judicial. Temos que parar com esse negócio no Brasil de achar que as pessoas podem invadir terras, que é fazendo algazarra e ameaça, amedrontando, que vai conseguir um pedaço de terra", declarou na manhã desta quinta-feira (14).
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Um grupo de mais de mil famílias com pessoas em situação de vulnerabilidade social e econômica, incluindo idosos e venezuelanos, ocuparam um lote que pertence a empresa Ávida Construtora no bairro São José Del Rey, em Cuiabá. Na frente do lote, está a avenida do Contorno Leste.
A juíza Adriana Sant’Anna Coningham, da 2ª Vara Especializada em Direito Agrário, deu decisão para reintegração de posse e devolução do terreno à empresa, com cumprimento agendado para segunda-feira. Com apoio de outros órgãos, a Polícia Militar cumpriu a decisão. Na quarta-feira (13), a Ávida mandou derrubar as casas construídas na área.
Expulsos das casas que construíram, os posseiros, apoiados pelos deputados estaduais Wilson Santos (PSD) e Valdir Barranco (PT), buscam ajuda do Palácio Paiaguás para conseguir moradia. Em resposta, o governo disse que as famílias podem se inscrever em programas de habitação popular, como o SER Família Habitação e o Minha Casa Minha Vida.
Na entrevista, Mauro citou que, desde que adotou a política de tolerância zero com invasões nos últimos anos, 30 invasões não prosperaram em Mato Grosso.
"Precisamos fazer, no Brasil, que as nossas leis sejam respeitadas. Sempre digo, já falei aqui isso hoje e repito sempre - o Brasil está perdendo essa guerra contra violência. Se olharmos nos últimos 40 anos no país, todos os indicadores de segurança pública pioraram porque temos mecanismos ineficientes de combater o crime. [...]. Essa tolerância zero é uma demonstração de que a gente tem que ser mais duro e não ser mais frouxo para o crime acontecer", concluiu.
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