LETÍCIA PEREIRA
DA REDAÇÃO
Com apoio assegurado de 11 vereadores para a disputa da Mesa Diretora da Câmara de Cuiabá, o vereador Pastor Jeferson Siqueira (PSD) admitiu que pode recuar do projeto em prol de um nome com maior viabilidade. A condição é de que o nome a ser apoiado seja independente em relação à gestão do prefeito eleito Abílio Brunini (PL).
Em entrevista, Siqueira atacou o prefeito eleito e destacou que o processo interno para definição da Mesa Diretora tem tido intereferência externa e uso da máquina do município pelo próximo prefeito. A fala dele também foi direcionada ao deputado estadual Faissal Calil (Cidadania), irmão da vereadora eleita Paula Calil (PL), que também pleiteia o comando da Mesa Diretora.
"Estou sendo perseguido por um deputado estadual, um prefeito eleito a todo momento inerferindo, oferecendo vantagem de tudo quanto é tipo, a perseguição é maciça. Um grupo de vereadores que estão com parentes já nomeados se calaram. Não tem mais democracia, liberdade de expressão, não tem mais independência da Casa, agora estão todos quietinhos", assinalou.
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Na sequência, ele admitiu que pode recuar em prol de um nome que garanta a independência do Legislativo em relação ao Executivo. "Mudanças podem acontecer. O que não posso aceitar é que a interferência seja maior que nosso direito de sermos independentes. Se precisar unir alguém, se precisar convidar alguém pro processo, o Jeferson sai de cena sem problema algum".
"Mas, nunca vou deixar de lutar por aquilo que é direito nosso. Esse parlamento não pertence ao poder Executivo, pelo contrário. É um poder separado, que tem sua isonomia e sua autonomia. Agora, hoje sou candidato", finalizou o parlamentar, que na semana passada declarou que possuía o apoio de 12 vereadores que irão compor a próxima legislatura.
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