LETICIA AVALOS
Da Redação
O deputado estadual e presidente da Assembleia Legislativa (ALMT), Eduardo Botelho (UB), afirmou que a implantação de câmeras nos uniformes da Polícia Militar, em Mato Grosso, será inevitável em algum momento, mas que a Casa vai adiar o projeto o máximo possível para beneficiar a “guerra contras as facções”.
“Eu acho que vai ter um momento que vai ter que se colocar [as câmeras]. É indiscutível. A tecnologia acaba vindo devagar. Mas enquanto nós pudermos segurar, nós vamos segurar porque nós estamos numa guerra contra as organizações criminosas e as câmeras não favorecem o trabalho dos policiais”, disse nesta quarta-feira (11).
O assunto voltou à tona após repercussões de diversos casos de violência policial no estado de São Paulo nas últimas semanas. Entre eles, um estudante de medicina foi morto por um PM após dar um tapa em uma viatura, um homem foi atirado de uma ponte de três metros de altura e outro foi alvejado após furtar sabão de um mercado na Zona Sul.
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Para Botelho, essa cultura de violência policial faz parte da realidade de outros estados, mas não de Mato Grosso. Segundo ele, os agentes de MT agem apenas em legítima defesa.
“A polícia [de MT] só está matando quem fez enfrentamento armado com ela. Aqui nós não temos essa polícia que tem cultura de entrar em comunidade batendo nos outros, arrombando porta. Aqui nós temos um enfrentamento, só que das grandes facções, e, por isso, eu acho que ainda não é o momento”, alegou.
O projeto de implantação de câmeras nas fardas da PM tem sido proposto pelo deputado estadual Wilson Santos (PSD) desde 2022. O social-democrata prometeu reapresentá-lo em breve, mas dificilmente o PL será aprovado na ALMT.
Homenagem
Nesta quarta-feira, os deputados mato-grossenses aprovaram uma moção de aplausos ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), pela sua mudança de postura em relação às câmeras corporais na polícia. O republicano, que antes era contrário, agora mudou de ideia e admitiu a necessidade do instrumento. A moção foi proposta por Wilson.
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