ARIELLY BARTH
DA REDAÇÃO
Segundo as investigações, o vereador Paulo Henrique de Figueiredo (MDB) estaria envolvido em um esquema de contratação de funcionários "fantasmas". Ele também é investigado por supostos vínculos com a facção criminosa Comando Vermelho (CV) e por corrupção.
Paulo Henrique foi preso nesta sexta-feira (20) no desdobramento da Operação Ragnatela, a Publicare, que apura sua ligação com o Comando Vermelho. A investigação revelou indícios de lavagem de dinheiro e corrupção através da contratação de funcionários fictícios. Esses "funcionários" estariam registrados para trabalhar na Câmara Municipal de Cuiabá, mas não prestavam nenhum serviço de fato.
Além disso, foram encontrados no celular do vereador diversas imagens de cartões de crédito e débito em nome de terceiros, reforçando a suspeita de que ele usava esses cartões para receber vantagens ilícitas ou ainda para o pagamento de despesas pessoais de forma não identificável. Caracterizando a prática de lavagem de dinheiro.
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O nome de Maria Ednalva surgiu nas investigações como sendo usado por Paulo Henrique para adquirir um Jeep Compass, e seus cartões de crédito também foram utilizados em diversas compras. Isso indicaria uma tentativa do vereador de ocultar seu alto padrão de gastos, incompatível com sua renda declarada.
A investigação também apontou a influência política do vereador sobre o secretário adjunto de Fiscalização da Secretaria Municipal de Ordem Pública e Defesa Civil, Benedito Alfredo Granja Fontes. O secretário era responsável por fiscalizar casas noturnas e eventos na capital, e teria favorecido shows e eventos promovidos por Paulo Henrique em troca de benefícios financeiros, tanto diretos quanto indiretos, provenientes do grupo investigado.
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