ALLAN PEREIRA
Da Redação
O governador Mauro Mendes (União Brasil) comentou a decisão do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) que afastou o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) e afirmou que o gestor emedebista colhe o que plantou.
"Eu não sei detalhes. Mas eu volto a dizer – todos nós colhemos aquilo que plantamos, se ele está sofrendo alguns desdobramentos de ações, ou de omissões que aconteceram. A vida é assim – tarda, mas as Justiça não falha", disse para à imprensa na tarde desta segunda-feira (4)
Emanuel foi afastado a pedido do Ministério Público Estadual (MPE) em uma decisão do desembargador Luiz Ferreira da Silva, do Tribunal de Justiça, cuja ação está em segredo de justiça.
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De acordo com o Núcleo de Competências Originárias (Naco), do MPE, o prefeito seria o líder de uma organização criminosa e que os três ex-secretários seriam operadores do esquema de desvios na Secretaria Municipal de Saúde.
O governador preferiu não fazer comentários sobre a decisão, já que não conhece seu conteúdo. Mas ele disse não estranhar essa medida dada a quantidade de operações policiais que sua gestão sofreu nos últimos anos.
"A justiça tem prerrogativa e poderes para isso. E, se afastou, tenho absoluta convicção de que deve ter, nos autos – e é isso que importa –, argumentos que levaram o magistrado a proferir a decisão. Entretanto, nós conhecemos a quantidade de operações policiais que houveram na Prefeitura de Cuiabá. Notadamente, a grande maioria delas na Saúde. Não é estranho para mim e para a maioria das pessoas esses desdobramentos, ou outros que possam acontecer", disse.
Emanuel foi notificado na tarde desta segunda e está oficialmente fora do cargo pelo prazo de 180 dias, ou seis meses. A defesa deve entrar com recurso para reverter o afastamento. No seu lugar, o vice-prefeito José Roberto Stopa (PV) deve assumir a prefeitura de forma interina.
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