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POLÍTICA Quinta-feira, 22 de Dezembro de 2022, 14:05 - A | A

22 de Dezembro de 2022, 14h:05 - A | A

POLÍTICA / DISCURSO NA CÂMARA

Aluna de 16 anos critica militarização de escola em Várzea Grande

Estudante Clara Luz Caetano, de 16 anos, se mostrou indignada com proposta da unidade onde acabou de terminar o primeiro ano do ensino médio

ALLAN PEREIRA E MIKHAIL FAVALESSA
Da Redação



Estudantes da Escola Estadual Adalgisa de Barros realizam protestos há cerca de duas semanas contra a militarização da unidade de ensino.

Nesta quinta-feira (22), a estudante Clara Luz Caetano Rodrigues, de 16 anos fez um discurso na Câmara de Cuiabá contra a decisão de mudar o caráter civil da escola.

Clara questionou o porquê de militarizar uma escola tida como referência para Mato Grosso e bem posicionada no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb).

"Cadê o respeito com a educação? Com a nossa diretora, que foi a fundadora da escola Adalgisa de Barros? Cadê o respeito com os nossos professores? Nossa escola possui professores com mestrado, com doutorado, são extremamente bons e concursados", reclamou a estudante.

A proposta de militar a escola Adalgisa foi apresentada pela Secretaria de Estado de Educação (Seduc) no início de novembro. No momento, o processo de militarização está em fase de estudo.

"Nossa escola tem 60 anos de tradição, tem 60 anos de disciplina, democracia e muita diversidade. Eu acho que às vezes é até a questão da diversidade que deve assustar um pouco esse sistema tão antidemocrático que a gente vive hoje em dia", disse.

Clara disse que, em nenhum momento, alunos, pais ou professores foram consultados sobre a militarização da escola.

 

"Eles vêm com um processo falando que a nossa escola vai se tornar uma escola melhor, que vai ter mais disciplina, como se nós tivéssemos índices de vandalismo, de violência, coisa que a gente não tem na Adalgisa de Barros. A gente não tem nada disso presente na nossa escola. Tem disciplina, tem democracia, tem ótimos profissionais e ótimos alunos também".

Clara afirmou também que a Escola Adalgisa possui uma sala que atende 35 alunos imigrantes da Venezuela, além da escola possuir o programa de Educação de Jovens e Adultos (EJA) no período noturno.

A estudante cita que no dia 1º de dezembro, em uma assembleia com pais, alunos e professores da Adagilsa, um deputado apareceu para defender o projeto de militarização. Contudo, por conta do posicionamento contrário do corpo escolar, o parlamentar foi impedido de falar. A assembleia teve que ser encerrada por ali mesmo por conta da confusão criada pelo político. Clara não citou o nome do parlamentar.

Clara fala que a Seduc quer passar uma rasteira no corpo escolar e pediu ajuda contra a militarização.

"Como se gente não fosse lutar pelos nossos direitos. Com 16 anos a gente pode votar para presidente, mas não pode votar e escolher a gestão escolar. Será que é medo? Eles sabem que, se a gente tiver o poder de votar, a gente provavelmente vai ganhar esse processo [manter a escola como civil]", conclui.

 

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Wagner 19/01/2023

Há expressões agressivas, ofensas e/ou denúncias sem provas. Queira, por gentileza, refazer o seu comentário

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Vânia Maria 23/12/2022

Clara, você representa os estudantes do AB. Muitos que comentam não conhecem a nossa escola. A E.E. Professora Adalgisa de Barros é referência, são 60 anos de história. Onde estavam estes que defendem militarização nos momentos que divulgamos nossos projetos? Como no dia dos estudantes, Olimpíadas, Consciência Negra e Mostra Cultural e Científica. Nunca pisaram na escola para ver o que vocês criam. Parabéns, Clara.

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Maria Aparecida A Cortez 23/12/2022

Parabéns jovem estudante. Vc conseguiu desmontar argumentos dos adultos desta coluna. Não é vc que deve procurar outra escola e sim quem não educa OS SEUS FILHOS E QUEREM ENTREGAR PRA POLICIA. Parabéns jovem Clara, função de policia deveria ser dar segurança a sociedade. No entanto, é essa policia que mata JOVENS NEGROS, PRETOS E DA PERIFERIA. Se a policia quer atuar na educação, criem as suas escolas. Por que eles não aceitam fazer educação sócio educativo? Por que querem as melhores escolas? Por que selecionam só os melhores estudantes? RESPONDO: PORQUE NÃO SÃO MELHORES COMO DIZEM.

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Ednaudo responde ao Ademir 23/12/2022

Sr Ademir, não é isso não! O problema é que vivemos atualmente em uma sociedade idiotizada que tenta emplacar uma realidade paralela, onde querem nos fazer dar ouvido e crédito a pessoas sem qualificação nenhuma e sem experiência de nada, como é o caso da moça em questão.

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Elizeu 22/12/2022

Parabéns aluna, vc pode escolher outra escola que vc achar melhor que uma escola militar.... Só queria te fazer uma pergunta: antes dessa sua fala na tribuna vc pesquisou sobre os índices das escolas militares e fez comparação com outras escolas? Pergunte para os pais dos alunos que hoje estudam nas escolas militares se houve alguma mudança no desenvolvimento delas, outra coisa queria ouvir a opinião dos seus pais e avós, o que acham das escolas militares, a concorrência para entrar nessas escolas é gigantesca.

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Ademir Silva Ferreira 22/12/2022

Vivemos um momento na nossa sociedade que nos deixa no mínimo preocupados: toda pessoa que tem a coragem de se posicionar contrariamente a alguma coisa, expondo sua opinião e argumentos são desrespeitadas com comentários maldosos, classificando-as como esquerdista ou outro termo pejorativo! Essa estratégia que muitas pessoas intolerantes utilizam para tentar calar o outro é fruto de uma ignorância e insensibilidade muito grande! Às vezes me questiono se na cama tais seres também se mantém insensíveis a ponto de focar somente no seu prazer desprezando o outro....

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Sr 22/12/2022

Nunca li tanta asneira numa matéria só!

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Luca Luquever 22/12/2022

Aluna de 16 anos? Kkkk nossa, que “peso” tem essa “crítica “. Só uma birra da esquerdinha de iPhone. Agora pode ir trocar as fraldas.

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8 comentários

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