LETICIA AVALOS
Da Redação
A Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) aprovou, nesta quarta-feira (22), uma manifestação de solidariedade ao ex-presidente da República, Jair Messias Bolsonaro (PL), por ter sido impedido de viajar aos Estados Unidos no último final de semana.
Bolsonaro, que pretendia comparecer ao evento de posse do presidente estadunidense, Donald Trump, teve o pedido negado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
A proposta foi feita pelo deputado estadual Gilberto Cattani (PL), que classificou o impedimento como “covardia”. “Entendemos que foi uma grande covardia não deixarem um ex-presidente da República ir na posse de um presidente do país mais poderoso do mundo. Que nunca cometeu crime e nem está condenado. Que tem o seu passaporte retido de uma maneira nunca vista na história desse país”, justificou.
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Foram contrários à moção apenas os deputados Valdir Barranco (PT) e Lúdio Cabral (PT). Ainda assim, Barranco ironicamente “lamentou” o impedimento imposto a Bolsonaro, dizendo que o ex-presidente passaria vergonha por não ter sido oficialmente convidado.
“Todos sabem que o meu voto é contrário a essa moção, mas também lamentei, porque eu gostaria muito [...] que o Bolsonaro pudesse se somar aos que passaram frio de bater o queixo na neve de Washington, porque não tinham convite formal e não puderam entrar no Capitólio. Ficaram lá congelando na neve, fazendo o Brasil passar vergonha”, ironizou e foi aplaudido.
Barranco se referiu à ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e ao deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL), que viajaram aos EUA para o evento, mas foram impedidos de ocupar o lugar supostamente reservado para Jair e tiveram que acompanhar a cerimônia em um estádio esportivo.
O passaporte de Bolsonaro está retido desde fevereiro de 2023. A medida cautelar foi imposta a ele e a outros integrantes do grupo que supostamente planejaram um golpe de Estado no Brasil, após as eleições de 2022, e deve se manter até o fim das investigações.
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