LETICIA AVALOS
DA REDAÇÃO
Durante visita ao Hospital Municipal de Cuiabá (HMC), o prefeito eleito Abílio Brunini (PL) se mostrou contrário a uma nova intervenção na Saúde da capital pelo Governo do Estado. Para ele, o ideal é que o Tribunal de Justiça antecipe a gestão da equipe que está formando para comandar a pasta.
Nos últimos dias, o Ministério Público provocou o Tribunal de Justiça para que reavalie a possibilidade de nova intervenção estadual na pasta nesses últimos dias de gestão de Emanuel Pinheiro (MDB). Para o prefeito eleito, uma eventual sinalização positiva por parte do desembargador Orlando Perri - relator do caso -, não surtirá os efeitos esperados, já que sua gestão tomará posse em 1º de janeiro.
"Em 10, 15 dias não sei nem se consegue montar uma equipe tão rápida assim. Acho que caberia era o Tribunal de Justiça antecipar a gente na ação, começar dando a nós o espaço da gente ir nomeando as pessoas que vão cuidar do início da gestão e a gente começa antecipar esse processo com um pouco mais de celeridade para evitar que o caos piore", destacou o prefeito eleito.
Abílio já confirmou que a médica Lúcia Helena Barboza Sampaio será a secretária de Saúde na sua gestão e está trabalhando para formar a equipe que assumirá em 1º de janeiro. Ele, no entanto, informou que só irá se manifestar no Tribunal de Justiça após visitar as unidades de saúde.
"A gente veio avaliar isso hoje, mas se for pra ter intervenção, acho que o mais correto seria fazer uma intervenção de antecipação do próximo gestor. porque não faz sentido você ter 10 dias, 15 dias porque não dá tempo de mudar a equipe e organizar a equipe da Saúde", reforçou.
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FIM DA EMPRESA CUIABANA
Criada para fazer a gestão do Hospital São Benedito e Hospital Municipal de Cuiabá (HMC), a Empresa Cuiabana de Saúde Pública deve ser extinta na próxima gestão. Pelo menos essa é a intenção do prefeito eleito.
Segundo ele, a empresa pública possui uma dívida gigantesca, que inviabiliza seu funcionamento de maneira a atender corretamente o cidadão. "Tivemos a informação de que a Empresa Cuiabana de Saúde Pública está com uma dívida de R$ 218 milhões e que se fosse uma empresa privada estaria numa situação de falência. Empresa que está com muita dívida, muitos atrasos, dívidas trabalhistas, de serviços terceirizados, então há preocupação muito grande", colocou.
O prefeito eleito pontuoun que a Secretaria de Saúde deverá assumir, já nos primeiros dias de mandato, a gestão das unidades de saúde sob responsabilidade da Empresa Cuiabana. "De imediato, vamos passar a gestão do HMC, São Benedito e demais unidades para a Secretaria de Saúde e deixar a Empresa Cuiabana cuidando apenas daqueles contratos que estão em andamento e que estão caminhando para o encerramento", explicou.
Em relação às informações repassadas pelo secretário Deiver Teixeira, de que a Saúde Pública possui um déficit mensal de R$ 20 milhões e que não há contrapartida do Governo do Estado, o prefeito eleito pediu cautela com os números. Segundo ele, um diagnóstico correto sobre a situação financeira da pasta deverá ser firmado somente após assumir o comando da prefeitura.
"Há de se preocupar se esses números são reais ou se estão tirando proveito do fechamento do mandato para fazer alguma coisa de errado na Saúde. Sempre que trato da gestão do Emanuel, trato com suspeição. É muito dinheiro, R$ 1,5 bilhão, para a Saúde estar do jeito que está", pontuou, destacando que a atual gestão sofreu 22 operações policiais, sendo a maioria delas na Saúde.
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