MIKHAIL FAVALESSA
Da Redação
Entre os parlamentares de Mato Grosso, quatro deputados federais e os três senadores votaram para aprovar a resolução do Congresso Nacional que regulamenta e dá transparências às emendas do relator-geral, mecanismo que foi apelidado de "orçamento secreto".
As regras devem valer apenas para o orçamento de 2022 em diante, deixando em sigilo os nomes de parlamentares que receberam essas emendas nos dois últimos anos.
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Parlamentares da oposição criticaram a resolução e disseram que ela descumpre a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou a publicidade dos nomes de deputados e senadores que indicaram a aplicação de R$ 38 bilhões com esse mecanismo entre 2020 e 2021.
Para o próximo ano, a nova regra estabeleceu o teto de R$ 16 bilhões. Nos últimos anos, a liberação dos recursos desse tipo de emenda parlamentar, que se difere das emendas individuais e de bancada, teria garantido apoio ao Governo Federal nas votações.
Foram a favor da resolução os deputados Leonardo Albuquerque (SD), o Dr. Leonardo, Emanuel Pinheiro Neto (PTB), o Emanuelzinho, Juarez Costa (MDB) e Neri Geller (PP), além dos senadores Jayme Campos (DEM), Wellington Fagundes (PL) e Carlos Fávaro (PSD).
Os deputados José Medeiros (Podemos) e Rosa Neide (PT) foram contrários à proposta.
Carlos Bezerra (MDB) e Nelson Barbudo (PSL) ficaram ausentes da votação conjunta das duas casas do Congresso Nacional.
Na Câmara, presidida pelo deputado Arthur Lira (PP-AL), a votação foi ampla pela aprovação: 268 contra 31.
Já no Senado, o placar foi apertado: 34 a favor e 32 contra.
O Congresso aprovou o substitutivo apresentado pelo senador Marcelo Castro (MDB-PI), com rejeição de 22 emendas apresentadas pelos parlamentares.
O relator argumentou que a resolução não teria poder de regulamentar as emendas passadas.
Tanto Lira quanto o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), assinaram um ato conjunto no qual afirmam ser impossível estabelecer os parlamentares que foram agraciados com as emendas do "orçamento secreto", que recebem a nomenclatura de RP9.
Com informações da Agência Senado
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