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MEIO AMBIENTE Quarta-feira, 19 de Fevereiro de 2025, 17:17 - A | A

19 de Fevereiro de 2025, 17h:17 - A | A

MEIO AMBIENTE / PAUTA SEM PRIORIDADE

Ranking aponta que instituições financeiras têm baixo desempenho em sustentabilidade

Especialistas apontam que as baixas pontuações refletem a pouca relevância da pauta socioambiental no sistema financeiro do Brasil

AGÊNCIA BRASIL



Apenas três de 12 instituições avaliadas no Ranking da Atuação Socioambiental de Instituições Financeiras (Rasa) apresentaram desempenho acima de 30 pontos, em uma escala de até 100 pontos, conforme o desempenho socioambiental e climático em atividades como concessão de crédito, seguros e investimentos.

De acordo com a lista apresentada e que considera as atividades publicamente divulgadas pelas instituições financeiras, no trimestre de novembro de 2024 a janeiro de 2025, a Rabobank recebeu 36,43 pontos; o BTG Pactual alcançou 35,42 pontos e o Sicredi, 31,58 pontos. Os demais bancos avaliados foram o Itaú/Unibanco (26,91 pontos), Banco do Brasil (24,06), Bradesco (23,28), Santander Brasil (22,27), Caixa Econômica Federal (19,10), BNB (14,74), Banco Safra (9,43), Sicoob (9,18) e Basa (8,04).

É a quarta atualização desde que o Rasa foi criado no último trimestre de 2022. Na comparação com o primeiro ciclo de avaliação, quando apenas dez instituições foram analisadas, houve uma melhora nas pontuações gerais, mas as posições das instituições permanecem similares.

Em 2022, Rabobank e BTG Pactual já lideravam a lista, mas com pontuação de 29,04 e 26,90, respectivamente. Já o Sicredi saiu da quinta posição, no primeiro ciclo, para o terceiro lugar, ocupado pelo Bradesco. Ao longo das quatro avaliações, o Banco do Brasil também melhorou o desempenho, subindo da oitava para a quinta posição, mais do que dobrando a pontuação de 2022, quando somou apenas 10,22 pontos.

Na avaliação de Luciane Moessa, diretora executiva e técnica da Associação Soluções Inclusivas Sustentáveis (SIS), organização que criou o Rasa, as baixas pontuações refletem a pouca relevância da pauta socioambiental no sistema financeiro do Brasil.

“As notas subiram, mas ainda são baixas se considerarmos o total que pode ser alcançado. Um dos principais motivos é a baixa quantidade de transações com riscos socioambientais avaliadas, o segundo é a superficialidade das análises por parte dos bancos e o terceiro principal motivo é a falta de transparência, pois, quando não encontramos informações, os bancos não pontuam”, explica.

A metodologia adotada pelo Rasa classifica ainda as instituições por crédito e investimentos conforme a política adotada no processo decisório e os instrumentos usados para levantar dados acerca das empresas potenciais tomadoras de crédito, receptoras de investimentos ou que pretendem captar recursos no mercado de capitais.

São avaliados: a gestão de riscos, a composição dos portfólios, os produtos financeiros com impacto positivo, o envolvimento em controvérsias, a política ASG (ambiental, social e de governança).

Nesse último caso, o detalhamento alcança 28 temas elaborados com base em regulações globais financeiras, além de padrões internacionais de autorregulação em organizações e instituições multilaterais. São temas como uso eficiente de matéria-prima poluente ou sujeita a provável escassez; trabalho análogo ao escravo e prevenção e combate à corrupção, por exemplo. Cada tema recebe um peso percentual na composição da nota final.

Ao conhecer os resultados do último Rasa, Giovanna Valentim, assessora de Defesa dos Direitos Socioambientais da Conectas Direitos Humanos, considerou que as instituições financeiras podem e devem melhorar suas políticas de direitos humanos, especialmente para os projetos que podem impactar territórios das comunidades tradicionais. “É imprescindível olhar para os direitos indígenas e os impactos que muitos projetos que recebem investimento desses bancos geram em seus territórios”, destacou.

Na avaliação de Marcos Woortmann, diretor adjunto do Instituto Democracia e Sustentabilidade, o Brasil, melhorando as suas práticas, pode ter uma janela de oportunidade, em especial no atual cenário político global, em que grandes instituições financeiras norte-americanas retrocederam em pautas ambientais, como a aliança para zerar as emissões de gases do efeito estufa até 2050. “Além de ter taxas de retorno grandes, se o país souber evoluir e se adaptar à nova realidade, pode se tornar um exemplo de boas práticas ASG e ser um bom receptor de investimentos”, avalia.

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