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MEIO AMBIENTE Terça-feira, 22 de Março de 2022, 14:17 - A | A

22 de Março de 2022, 14h:17 - A | A

MEIO AMBIENTE / MARÃIWATSÉDÉ

Cimi defende povo Xavante e coloca culpa na Funai por arrendamento de terras



O Conselho Indigenista Missionário, Regional Mato Grosso, veiculou uma carta de apoio ao povo da Terra Indígena Marãiwatsédé. Segundo o Cimi a denúncia de arrendamento de terras dentro da Terra Indígena revelados pela Operação da Polícia Federal Res Capta seria de responsabilidade do governo federal. 

 A Operação foi deflagrada na manhã desta sexta (18) e investigou um esquema de corrupção que envolvia fazendeiros, lideranças indígenas e servidores públicos federais da Fundação Nacional do Índio (Funai). O grupo realizava arrendamentos ilegais na Terra Indígena Xavante Marãiwatsédé para a pecuária. 

Leia mais: 

Servidor da Funai e mais 2 são presos por pecuária ilegal em Terra Indígena

PF mira fazendeiros, liderança indígena e servidores da Funai por exploração em Marãiwatsédé

Os fazendeiros arrendatários pagavam valores mensais de cerca de R$ 900 mil a uma liderança Xavante.  Segundo o Cimi o arrendamento na Terra Indígena seria de principal responsabilidade da Funai que teria sido um agente de aliciamento dos indígenas e ao mesmo tempo não estaria cumprindo sua função constitucional de apoiar aquelas comunidades. 

A carta relembrou o histórico de conflitos envolvendo a retirada do povo Xavante da região em 1967, e a luta pela retomada daquele território. A falta de assistência e o descaso foram consideradas as principais causas que teriam levado lideranças indígenas cederem ao arrendamento.

"O povo A’uwê-Xavante de Marãiwatsédé, após 46 anos de luta, conseguiu reaver seu território, de onde foram expulsos, com apoio governamental de então, em 1966. Desde 2012, quando se efetivou a desintrusão, este povo busca recuperar suas formas próprias de convivência com a natureza. Encontraram, contudo, uma devastação ambiental, cujo ápice se deu no início da década de 1990, justamente quando já se sinalizava a devolução do território aos seus legítimos donos.

Em 2016 foi elaborado o Plano de Gestão da TI Marãiwatsédé onde o povo A’uwê, buscando reestabelecer os fatores essenciais para a convivência em seu território, apontava passos e perspectivas para isso. Infelizmente, com o desmonte da política indigenista e as pressões que ainda seguem hoje, por parte de antigos invasores e de políticos com estes envolvidos, poucos passos foram dados no que depende das instituições federais.

Desde o dia 1º de janeiro de 2019, na contramão do que preconiza o Artigo 231 da Constituição Federal e subvertendo os objetivos da Funai e do devido papel governamental para com os povos indígenas, vemos a busca incessante de facilitar a invasão e favorecimento da exploração dos bens destes povos.", afirmou o Cimi em trecho da carta. 

Leia a carta na íntegra

 

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