ALLAN PEREIRA
A viúva Ana Cláudia de Souza Oliveira Flor, denunciada pelo Ministério Público por supostamente ter ordenado a morte do marido, o empresário Toni Flor, será levada ao Tribunal do Júri no dia 15 de setembro.
É o que consta na decisão da juíza Mônica Catarina Perri Siqueira, da 1ª Vara Criminal de Cuiabá, nesta quarta (29).
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Segundo a decisão da magistrada, o processo está pronto para seguir para o tribunal do júri.
No final de fevereiro deste ano, testemunhas de defesa e acusação foram ouvidas em audiência de instrução e julgamento, inclusive com o depoimento da própria Ana.
Na ocasião, ela confessou que mandou matar o marido e disse que chegou a falar com os executores, mas logo depois desistiu da ação e não deu aval para concretizar o crime.
Apesar disso, o homem foi morto no dia 1º de agosto de 2020, por volta das 7h da manhã, quando ia a uma academia.
De acordo com a denúncia do Ministério Público, Ana encomendou a morte do marido mediante oferta de pagamento no valor R$ 60 mil, mas a esposa só pagou R$ 20 mil aos criminosos.
Foram denunciados também, além de Ana, Igor Espinosa, Wellington Honório Albino, Dieliton Mota da Silva e Ediane Aparecida da Cruz Silva.
Igor é apontado como o autor dos disparos que matou Toni, enquanto os demais são acusados de auxiliarem no crime.
A investigação da Polícia Civil apontou que Toni e Ana estavam casados há 15 anos e tinham três filhas, mas o casamento vinha se deteriorando por conta de relacionamentos extra-conjugais.
Alguns dias antes de ser morto, Toni teria anunciado a intenção de se separar.
“Inconformada com a anunciada separação e, com a torpe motivação de se apropriar da totalidade dos bens do casal, Ana Claudia começou a engendrar um plano para extinguir a vida de Toni e, para tanto, pediu auxílio à sua manicure e amiga Ediane Aparecida da Cruz Silva na procura por um “matador”, oportunidade em que esta acedeu à macabra solicitação e contactou Wellington Honorio Albino que, por sua vez, com o auxílio de seu amigo Dieliton Mota da Silva, “terceirizou” o serviço homicida, propondo que a execução do crime fosse perpetrada por Igor Espinosa, que aceitou a tarefa”, diz a denúncia do MPMT.
Todos são acusados de homicídio qualificado.
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