CECÍLIA NOBRE
Da Redação
Francisco Gomes de Andrade Lima Filho, conhecido como Chico Lima, procurador aposentado do Estado de Mato Grosso, cumprirá nove anos e quatro meses de prisão, em regime fechado, por envolvimento nos esquemas de fraude na concessão de benefícios fiscais durante a gestão do ex-governador Silval Barbosa. A sentença foi dada na última quarta-feira (22).
O ex-procurador foi apontado em 2016, na “Operação Seven”, como um dos membros da organização criminosa liderada por Silval, que desviou cerca de R$ 7 milhões dos cofres públicos do Estado após a aquisição de uma terra de 721 hectares, em um valor superfaturado.
Na sentença, a juíza Ana Cristina Silva Mendes, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, ressaltou que o crime cometido contra a administração pública por Chico Lima foi possível diante do poder e prestígio de seu cargo enquanto procurador proporcionava.
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“Francisco Lima foi um dos principais responsáveis por articular a execução do crime, bem como integrou o núcleo duro da organização criminosa, se valendo da qualidade de servidor público como Procurador do Estado para consumar a manobra criminosa”, diz trecho da decisão.
Quanto à pena estipulada, a juíza estabeleceu que o procurador aposentado deve cumprir nove anos e quatro meses em regime fechado, além do pagamento de 266 salários mínimos.
Silval Barbosa cumprirá uma reclusão de três anos, 10 meses e seis dias e pagará uma multa de 115 salários mínimos. Já Pedro Jamil Nadaf cumprirá três anos, um mês e 10 dias de reclusão e pagará uma multa de 89 salários mínimos.
Afonso Dalberto cumprirá quatro anos um mês e 15 dias, em regime semi-aberto, por ser réu primário e a pena ser superior a quatro anos e inferior a oito. E pagará uma multa de 104 salários minímos.
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