MIKHAIL FAVALESSA
Da Redação
O juiz João Bosco Soares, do Núcleo de Inquéritos Policiais (Nipo) do Tribunal de Justiça, revogou a prisão temporária do fazendeiro Aníbal Manoel Laurindo, suspeito de mandar matar o advogado Roberto Zampieri. A decisão foi dada em audiência de custódia nesta segunda-feira (11), horas depois de Aníbal se entregar à Polícia Civil.
O magistrado aplicou medidas cautelares diversas da prisão, entre as quais estão o monitoramento por tornozeleira eletrônica, proibição de manter contato com testemunhas, e ainda proibição de deixar a cidade de Rondonópolis sem autorização judicial.
As informações foram confirmadas à reportagem pelo advogado Carlos José de Campos, que atua na defesa de Aníbal Laurindo.
O fazendeiro se apresentou na manhã desta segunda na Delegacia Especializada em Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) para cumprimento da prisão temporária, que deveria durar 30 dias. A apresentação foi negociada entre a polícia e a defesa.
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A esposa dele, Elenice Ballarotti Laurindo, também tem prisão temporária decretada, mas não se apresentou por ter passado mal ao saber da notícia da decisão de que seria presa. Ela ficou hospitalizada e iria se entregar na semana que vem. Ainda não há informação se a decisão que reverteu a prisão de Aníbal se extende à esposa.
As suspeitas da DHPP são de que o casal teria contratado os executores para matar Zampieri pelo temor de perder uma fazenda em Paranatinga para o advogado.
O crime foi executado por Antônio Gomes da Silva, intermediado por Hedilerson Barbosa e financiado pelo coronel da reserva do Exército Etevaldo Luiz Caçadini, segundo a DHPP. Esses três estão presos temporariamente.
A Polícia Civil chegou a apontar anteriormente outra possível mandante, a empresa Angélica Caixeta Gontijo, mas as suspeitas em relação a ela não se confirmaram e ela foi solta.
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