DA REDAÇÃO
A juíza da 2ª Vara Criminal de Sinop, Débora Roberta Pain Caldas, revogou a prisão preventiva da empresária Taiza Tossatt Eleoterio, acusada de liderar um esquema de pirâmide financeira, fazendo dezenas de vítimas. O marido dela, Wander Aguilera Almeida, também foi beneficiado com a decisão.
A empresária é proprietária da empresa DT Investimentos. Ela usava as redes sociais para atrair as vítimas, se mostrando uma pessoa jovem, bonita, bem-sucedida, articulada e especialista em investimentos financeiros.
Ela foi detida no Aeroporto de Sinop, quando desembarcava de uma viagem ao Nordeste. O marido foi preso em flagrante por armazenar anabolizantes e munições ilegais.
Para soltar a jovem, a juíza argumentou que o casal não representa risco à ordem pública, além de possuir bons antecedentes. "Cabe ressaltar, também, que em pesquisas aos sistemas disponíveis, não foram constatados registros criminais a comprovar a reincidência ou mais antecedentes, além de terem os indiciados informado nos autos endereço fixo", afirma a magistrada.
Na decisão, a juíza ainda determinou o cumprimento de medidas cautelares. Entre elas está a proibição de deixar a comarca, não entrar em contato com demais réus e ainda utilizar tornozeleira eletrônica.
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OPERAÇÃO CLEÓPATRA
A Operação Cleópatra foi deflagrada em 31 de outubro para cumprimento de mandados de prisão, busca e apreensão e bloqueios de bens com alvo em um esquema de pirâmide financeira que causou prejuízo a dezenas de vítimas em Cuiabá.
Com argumentos envolventes e com promessas de lucros de 2% a 6% por dia, dependendo do valor investido, a empresária convencia as vítimas a fazerem investimentos de altos valores, superiores a R$ 100 mil iniciais, em ações, entrando em um verdadeiro esquema de pirâmide financeira.
As vítimas recebiam o retorno financeiro nos primeiros meses, sendo incentivados a fazer novos investimentos, porém, após algum tempo, a empresa deixou de pagar os lucros para as vítimas. Ao solicitarem a devolução dos valores investidos, a empresária inventou desculpas até deixar de responder completamente às vítimas.
O ex-policial federal Ricardo Mancinelli Souto Ratola, que foi casado com a investigada, era o gestor de negócios da empresa e o médico Diego Rodrigues Flores atuava como diretor administrativo da empresa, formando um grupo criminoso, que destruiu o planejamento familiar de dezenas de vítimas, inclusive de amigos e familiares dos investigados.
Ricardo e Diego foram alvos de mandados de busca e apreensão na operação.
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