MIKHAIL FAVALESSA
Da Redação
Os promotores de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela e Deosdete Cruz Júnior foram confirmados como candidatos à chefia do Minisatério Público Estadual (MPE) para o biênio 2023/2025. A eleição na qual votam promotores e procuradores acontece em dezembro.
Deosdete é responsável pela subprocuradoria-geral de Justiça Jurídica e Institucional, e atua como uma espécie de "braço direito" do atual procurador-geral de Justiça, José Antônio Borges Pereira, que apoia a candidatura. O promotor foi nomeado em 2005, está há 17 anos no órgão.
Já Elisamara tem 27 anos de Ministério Público e responde atualmente pela 16ª Promotoria de Justiça de Cuiabá. Foi uma das primeiras mulheres a atuar no Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco) e atuou na Operação Arca de Noé.
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A promotora tem criticado o posicionamento público de Borges, que faz observações duras contra o presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus ataques à democracia, em especial ao processo eleitoral.
A representante da oposição fala em um MPE "apartidário e apolítico". Elisamara tem apoio, entre outros nomes, do ex-procurador-geral de Justiça Paulo Prado. O grupo de Prado perdeu espaço no MPE desde 2018, quando o então chefe do órgão, Mauro Curvo, não conseguiu se reeleger para um segundo mandato, sendo derrotado por Borges.
O ex-presidente da Associação Mato-grossense do Ministério Público (AMPP) Roberto Turin ensaiou entrar na disputa, mas recuou em meados deste ano. Turin é o atual coordenador do Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco).
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