ARIELLY BARTH
DA REDAÇÃO
O apartamento de luxo, sequestrado pela Justiça na Operação Fair Play, foi utilizado como imóvel de temporada por integrantes da facção criminosa Comando Vermelho (CV) durante suas visitas ao estado de Santa Catarina. Segundo a investigação, o imóvel era frequentemente usado pelos membros da organização como um local de lazer durante “férias” no litoral catarinense.
Além do imóvel, a operação resultou na prisão preventiva de sete pessoas, na apreensão de três veículos e no bloqueio de contas bancárias de pessoas físicas e jurídicas envolvidas.
As informações foram divulgadas pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), que realizou uma coletiva de imprensa para detalhar os resultados e desdobramentos da ação. O coordenador da investigação, Rafael Sactolon, explicou que a operação foi deflagrada após a GCCO descobrir a compra do apartamento por Paulo Witer Farias Paelo, o WT, um dos principais tesoureiros da facção em Mato Grosso.
O imóvel de luxo, registrado em nome de um ex-assessor parlamentar, foi adquirido por WT, que utilizou o assessor como laranja, pagando valor de R$ 1 milhão entre o final do ano passado e maio deste ano, por meio de “balões”.
Segundo Sactolon, a investigação identificou oito pessoas envolvidas na compra do imóvel, sendo que mandados de prisão preventiva foram expedidos contra todos. "Todos esses investigados tem participação na aquisição é deste imóvel, cada qual com a sua atribuição com a sua divisão de tarefa dentro da organização criminosa", detalhou o coordenador.
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Dos mandados de prisão preventiva expedidos, 7 prisões ocorreram na capital, mas um dos alvos segue foragido desde a Operação Apito Final.
De acordo com o delegado da GCCO, Gustavo Belão, embora WT esteja preso, ele continua a exercer um papel de liderança na organização, coordenando ações e transmitindo ordens aos demais membros da facção, mesmo de dentro da prisão.
Ainda conforme o delegado, a organização continua a praticar lavagem de dinheiro, utilizando empresas “fantasmas” para ocultar os lucros provenientes principalmente do tráfico de drogas, mesmo após a Operação Apito Final.
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