CAMILA RIBEIRO E LUCAS RODRIGUES
DA REDAÇÃO
A defesa do cabo Gerson Correa, representada pelo advogado Neyman Monteiro, criticou a decisão proferida pelo Conselho Militar - responsável pelo julgamento da ação penal dos grampos ilegais – que, por unanimidade, manteve a prisão do militar.
Os coronéis Elierson Metello de Siqueira, Valdemir Benedito Barbosa, Luiz Cláudio Monteiro da Silva e Renato Antunes da Silveira Junior seguiram voto do relator do processo, juiz Murilo Mesquita, e negaram a conversão da prisão preventiva em domiciliar.
A decisão ocorreu ao fim de uma audiência que ouviu testemunhas da ação, realizada durante toda a sexta-feira (09).
O cabo Gerson, infelizmente, está pré-julgado. Já está condenado. Hoje já quase somaram a pena dele aqui, quase saiu a condenação, só faltou dar a sentença
“À defesa cabe falar o quê? O cabo Gerson, infelizmente, está pré-julgado. Já está condenado. Hoje já quase somaram a pena dele aqui, quase saiu a condenação, só faltou dar a sentença. A defesa entende isso. Só ele ameaça todo mundo e não tem nenhuma prova disso”, disse o advogado, visivelmente irritado, após o fim da audiência.
Ele citou ainda que, para a defesa, há um entendimento de que os coronéis responsáveis pelo julgamento agem com corporativismo.
Isto porque eles concederam prisão domiciliar ao ex-comandante da Polícia Militar, coronel Zaqueu Barbosa, e não estenderam o benefício ao cabo Gerson, mesmo com um posicionamento favorável do Ministério Público Estadual (MPE).
Conforme o advogado, a defesa agora deverá aguardar o julgamento de um habeas corpus pelo Tribunal de Justiça (TJ-MT).
“Aqui não adianta tentar aqui mais nada. Temos que aguardar o HC no TJ. Vamos aguardar o HC com a decisão dos desembargadores que podem pensar de outra maneira”, disse Monteiro.
Segundo ele, ainda não há previsão para o pedido de liberdade entrar em pauta.
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