DA REDAÇÃO
No último sábado, 31 de agosto, Marta Melo de Melo Siqueira pôde finalmente encerrar uma angústia de 14 anos ao receber o resultado de um exame de DNA que confirmou Welton Souza Rodrigues como pai de seu filho mais novo. A confirmação foi feita por meio do mutirão "Meu Pai Tem Nome", promovido pela Defensoria Pública Estadual (DPEMT) em Lucas do Rio Verde, a 330 km de Cuiabá.
Há 14 anos, Marta, então com 17 e apenas um mês de gestação, enfrentou dificuldades financeiras e a desconfiança da avó paterna, que recusou-se a realizar o teste de DNA na época. Marta e Welton, que estiveram juntos em uma união estável por um ano e quatro meses tiveram dois filhos, só puderam registrar o mais velho devido à morte precoce de Welton.
Em 17 de dezembro de 2009, o pintor, com 29 anos, faleceu após ser atropelado por um caminhão enquanto andava de bicicleta. Devido a essas circunstâncias, o nome de Welton não pôde ser incluído no registro de nascimento do filho mais novo. O adolescente, então, buscou o direito de ter o nome do pai em sua certidão.
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Antes do mutirão, Marta havia tentado realizar o exame de DNA por conta própria em Cuiabá, mas não tinha condições financeiras para arcar com os cerca de R$ 4 mil necessários. Em julho, a defensora pública Camila Santos da Silva Maia foi procurada pela mãe do adolescente e ingressou com a ação de investigação de paternidade post mortem para comprovar o vínculo biológico.
O projeto "Meu Pai Tem Nome" possibilitou a realização gratuita do teste de DNA. A coleta foi feita no dia 14 de agosto e o resultado divulgado no dia 31. O defensor público Diogo Madrid Horita, coordenador do mutirão, informou que o resultado já foi anexado ao processo. Agora, o juiz deverá nomear um curador especial para o filho mais velho e, após parecer do Ministério Público, determinar a inclusão do nome de Welton e dos avós paternos na certidão de nascimento do filho mais novo.
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