DA REDAÇÃO
O ex-procurador Francisco Gomes de Andrade Lima Filho, o Chico Lima, se tornou réu por corrupção passiva em uma das investigações policiais que se desdobraram da Operação Sodoma.
A 7ª Vara Criminal de Cuiabá recebeu a denúncia oferecida pelo Ministério Público, após a Delegacia Especializada em Crimes Fazendários concluir um inquérito que buscava apurar suposta prática de crime de tráfico de influência por parte do ex-procurador.
Conforme a Polícia Civil, o fato foi investigado, inicialmente, como desdobramento da Operação Sodoma, que investigou um esquema criminosa chefiado pelo ex-governador Silval Barbosa para desviar recursos do Governo com o objetivo de pagar despesas de campanha política de sua reeleição e angariar recursos decorrentes do pagamento de propina.
Na ocasião, o ex-procurador solicitou e recebeu um cheque no valor de R$ 1 milhão por ter auxiliado no acordo de emissão de cartas de crédito em favor de um grupo de policiais, cuja defesa era patrocinada pela escritório de advocacia do ex-secretário de Administração, César Zílio, em troca da renúncia/desistência das ações movidas contra o Estado de Mato Grosso.
Isso teria acontecido no ano de 2012.
Na época dos fatos, o ex-procurador atuava na elaboração de parecer do interesse do Governo do Estado, cuja tratativa foi finalizada em seu gabinete, na Casa Civil.
Finalizado o "acordo", o procurador da defesa das ações individuais e coletivas do policiais realizou a venda das cartas de crédito a outro escritório de advocacia, que fez o pagamento em dois cheques, um deles no valor de R$ 1 milhão de reais.
Posteriormente, o cheque foi destinado ao ex-procurador a título de comissão pela realização do negócio.
Depois disso, o cheque foi "trocado" em uma empresa, cujo dono também era sócio-proprietário de uma factoring para o ex-procurador do Estado.
Em contrapartida recebeu diversos cheques nominais de outras pessoas físicas como forma de dissimular a fraude perpetrada pelo investigado.
Após a Justiça aceitar a denúncia, Chico Lima vira réu e passa a responder criminalmente pelo crime, que pode dar de 2 a 12 anos de reclusão.
(Com assessoria)
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