DA REDAÇÃO
Os criadores do aplicativo Bemdito continuam a saga legal contra o “Trust Internacional”, administrado pelas Big Techs - Apple e Google. Isso implica diretamente no impedimento da publicação do aplicativo brasileiro nas lojas virtuais.
A desenvolvedora do Bemdito, com sede em Cuiabá (MT), não é a única vítima das Big Techs, já que elas estão na mira da justiça em todo o mundo. Entre os países que puniram a prática considerada fora da lei estão: Estados Unidos, Alemanha, França, Reino Unido, Coreia do Sul, Holanda e Japão. Entre as empresas vítimas estão a Epic Games e FlickType Keyboard.
O motivo é que tal prática caracteriza o “duopólio”, exercido pelas duas gigantes do Vale do Silício. Isso devido ao domínio sobre os seus ecossistemas mobile iOS e Android, o que leva os países e empresas a adotarem tal medida legal.
Segundo a especialista em negócios e inovações Kassia Masson, "ecossistema mobile é o conjunto de portais (gateways), pelos quais os consumidores encontram aparelhos, variedade de produtos, conteúdos e serviços. Como aplicativos, músicas, streaming de vídeo, compras e serviços bancários”.
O fato recente que acendeu o sinal vermelho do Poder Judiciário brasileiro em relação às Big Techs, seus aplicativos, sistemas e plataformas foi o Telegram. O plicativo tem ignorando o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e o Ministério Público Federal (MPF). Também o corre o mesmo até com o Supremo Tribunal Federal (STF), ja´que estão atuando com foco no combate as “Fake News”.
Ambos os sistemas de Justiça Brasileiro têm como objetivo evitar um tsunami de desinformação e atentado à democracia nas eleições de 2022.
Membros do STF, TSE, MPF já manifestaram, inclusive, que o Telegram pode vir a ser alvo de medidas judiciais em curto prazo, suspensão temporária e, em último caso, banido por não cumprir a legislação brasileira.
A longa série judicial da desenvolvedora brasileira começou em setembro de 2021. O motivo foi o fato de após quatro anos ter enviado o Bemdito e não ter tido, durante este período, a publicação do aplicativo desenvolvido nos “Programas de Subvenção econômica à pesquisa, desenvolvimento e inovação Tecnova e Inovacred - MCTI/Finep/Fapemat/Basa”; nas lojas virtuais Apple Store e Google Play, limitando as opções dos consumidores.
Isso, para os autores, demonstra que o mercado mobile atual é dominado pelas mãos de ferro das gigantes do Vale do Silício -Apple e Google. Fazendo então que elas controlem recursos e serviços tecnológicos exclusivos que retiram dos consumidores mundiais o direito de escolher como, onde obter e quais aplicativos de mensagens utilizar. Ou seja, prejudicando e limitando as opções dos consumidores brasileiros.
Tudo isso enquanto mantém os desenvolvedores em um único mercado que permite às Big Techs, a criação de uma Whitelist e de uma Blacklist de parceiros.
A desenvolvedora Fidelity Mobile e os autores do Bemdito querem, por meio do processo distribuído no Judiciário de Mato Grosso, reparação pelos danos “milionários causados pela Apple e Google”.
Outra medida que desejam, junto ao Poder Judiciário, por questões superiores ligadas à "Independência Tecnológica", “Soberania Nacional”, é que seja concedida permissão para publicação do aplicativo Bemdito nas lojas virtuais Apple Store e Google Play.
Isso com todos os recursos e serviços que estão liberados e disponíveis nas lojas virtuais Apple Store e Google Play. Por exemplo, para os aplicativos estrangeiros (WhatsApp, Telegram, Wechat e App Zoom).
Com a intenção de a Justiça entender as práticas ilegais e os prejuízos causados à empresa, os consumidores terão o direito garantido de optar por quais aplicativos preferem obter.
E com sentença favorável ao Bemdito o judiciário seguiria a tendência de decisões tomadas em outros países. Além de garantir as leis brasileiras que reconhecem como ilegais as condutas anticompetitivas.
Práticas essas que afetam “a ordem econômica, liberdade de iniciativa, livre concorrência, função social da propriedade, defesa dos consumidores e repressão ao abuso do poder econômico, soberania, democracia e independência tecnológica do Brasil”.
Para outras informações acesse (https://bemdito.app)
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Maria Eduarda Pontes 23/06/2022
“É importante saber que cada vez que uma empresa deixa de competir com outra, ela está prejudicando o consumidor, porque ela não está disputando a preferência dele. Portanto, ela senta às vezes com a concorrente, deixando de competir, para combinar preços de produtos. Isso é o que a gente chama de cartel”. Em vigor desde 29 de maio de 2012, a lei nº 12.529 de 2011 reestruturou o Conselho Administrativo de Defesa Econômica criou mecanismos para garantir a competitividade entre empresas e serviços no Brasil.
Cristina Martins Souza 20/06/2022
Vou ter que concordar, uma empresa com este potencial tecnológico não ficar perdendo tempo aqui no MATO; se conselho fosse bom era vendido certo; mas concordo aqui a turma é AGRO - o povo tá nem aí para inovação o negócio é BOI, PORCO, GALINHA e semente #Parabens conheci a tecnologia no IFMT em uma apresentação existe é real Top#????????????????????????
Letícia Pedroso Andrade 20/06/2022
Acredito que o pessoal da - bemdito.app - deva mudar de estado o Governo e o empresário o Agro tão nem aí para vocês - Já ouviram a expressão Santo Casa não faz milagre? Peguem suas malas e vão inovar em local onde recebam o devido valor, investimento e proteção. Aqui no é AGRO.
Pedro Fontes Naves 09/04/2022
Um absurdo essa prática fora da lei contra uma pequena empresa Brasileira. Fez muito bem trazer ao conhecimento do público as velhas práticas das Big Techs que estão sendo processadas em todo o mundo por Trust, Duopólio, Concorrência Desleal.
Carol Andrade Machado 28/03/2022
A Lei 12529/11 criou a estrutura jurídica do Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência. Ela define quais são as condutas que se configuram como infrações à ordem econômica. Por natural, são previstas também as respectivas penas e os instrumentos de persecução administrativa dos infratores. https://www.midiajur.com.br/justica/aplicativo-luta-contra-duopolio-de-apple-e-google-em-lojas-virtuais/41815
Adão Campos 18/03/2022
Veja o caso "duopólio" da Apple e da Google contra uma empresa de alta tecnologia brasileira, parece difícil para nós que vivemos em um estado agrícola 100% dependente de ADUBO, VENENO, EQUIPAMENTOS para nossas produtivo AGRO. Mas acessem o site do Bemdito e vocês vão ver e ouvir os áudios com a Apple e a Google é de BABAR, vai dar serie de Netflix https://bemdito.app/noticia ; QUEM VIVER VERÁ, quer apostar?
Ana Maria 16/03/2022
Mais que coisa, isso tá parecendo filme de Netflix.
Carol Andrade Machado 09/03/2022
NÃO É SÓ AQUI NO MATO NÃO - Órgão reguladores europeus parecem não estar satisfeitos com o duopólio protagonizado pelo iOS e Android, sistemas operacionais da Apple e Google, respectivamente. A Autoridade de Concorrência e Mercado (CMA) do Reino Unido divulgou nesta terça-feira (14) um relatório que aponta as preocupações em torno da dominância de mercado representada pelas big techs em software (iOS e Android), lojas de aplicativos (App Store e Google Play) e até mesmo em navegadores (Safari e Chrome). https://www.tudocelular.com/mercado/noticias/n183643/duopolio-apple-google-investigados-ios-android.html
João Álvares 07/03/2022
O judiciário tem que tomar providência urgente contra estas empresas (Apple e Google). O Brasil não é terra de ninguém, existem leis a serem cumpridas. A lei 9.279/1996 prevê pena de 3 meses a 1 ano, ou multa, a quem incorrer em uma das condutas tipificadas como concorrência desleal.
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