DA REDAÇÃO
Dados do Programa Queimadas do Inpe, divulgados pela Coalizão Brasil, Clima, Florestas e Agricultura, revelam que dez municípios das regiões Norte e Centro-Oeste concentram 20,5% das queimadas no Brasil. Colniza, no extremo Norte de Mato Grosso, é o 9º município com mais queimadas.
Entre 1º de janeiro e 18 de setembro, foram registrados 39.247 focos de incêndio nesses locais, que representam parte dos 190.943 focos detectados em todo o país.
O município com o maior número de queimadas é São Félix do Xingu, no Pará, com 6.474 focos. Na sequência, Altamira registra 5.250 focos e Corumbá, em Mato Grosso do Sul, contabiliza 4.736. Outros municípios notáveis incluem Novo Progresso (4.598), Apuí (4.308), Lábrea (3.723), Itaituba (2.973), Porto Velho (2.710), Colniza (2.277) e Novo Aripuanã (2.198).
Destes dez municípios, nove estão localizados na Amazônia, com Corumbá sendo a exceção, conhecida como a porta de entrada para o Pantanal. Beto Mesquita, representante da Coalizão, alerta que sete dos dez municípios com mais queimadas também estão entre os que mais desmataram em 2023. Ele aponta que as queimadas estão sendo usadas como estratégia para facilitar o desmatamento.
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Mesquita enfatiza que os incêndios florestais se tornaram novos vetores de destruição, dificultando a identificação de atividades ilegais, como a extração de madeira. Para enfrentar essa situação, ele ressalta a necessidade urgente de implementar estratégias eficazes de combate, fiscalização e preservação ambiental por parte dos governos.
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