LETICIA PEREIRA
Da Redação
Eleitores que possam ter vendido seus votos no âmbito da Operação Voto Livre também serão investigados e poderão responder criminalmente pela prática ilegal. A afirmação é do delegado da Polícia Civil, José Ramon Leite, sobre a operação deflagrada no município de Juscimeira (157 km de Cuiabá), nesta sexta-feira (4).
A suspeita é que uma associação criminosa vinha tentando influenciar as eleições com compra de votos para garantir a vitória do candidato do grupo. Até agora, foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão domiciliar.
“As investigações continuam para identificação de demais responsáveis, bem como para identificar também aquelas pessoas que eventualmente já tenham vendido, porque tanto responde quem compra quanto quem vende. Então, é importante destacar que a Polícia Civil deseja que o processo eleitoral transcorra da forma mais isenta, mais limpa, mais transparente, com lisura e que o eleitor vote não em troca de favores, mas vote com a sua consciência”, afirmou o delegado.
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Segundo as informações da polícia, o grupo planejava distribuir R$ 356 mil em espécie para captação ilícita de votos, principalmente, da população mais carente do município.
Os alvos da operação são os membros do esquema, que é composto em sua maioria por ocupantes de cargos comissionados da administração pública de Juscimeira.
Foram apreendidos R$ 5 mil em espécie, eletrônicos e computadores, além de cadernos com anotações das movimentações ilícitas, com o detalhamento de valores distribuídos e regiões “beneficiadas”.
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